domingo, 17 de setembro de 2017

Domínios Morfoclimáticos do Brasil


O Brasil, país tropical de grande extensão territorial, apresenta uma dinâmica geográfica marcada por rica diversidade. A interação e a interdependência entre os diversos elementos físico-naturais da paisagem (clima, relevo, solo, vegetação, hidrografia e vegetação) explicam a existência dos chamados domínios morfoclimáticos (ou geoecológicos), que podem ser entendidos como uma combinação dos diversos elementos da natureza, individualizando uma determinada porção do território.
Aziz Nacib Ab’Sáber, pensando na relação entre esses elementos naturais, no Brasil, classificou na década de 1960 a existência de seis grandes paisagens naturais, os chamados Domínios Morfoclimáticos: Domínio Amazônico, Domínio dos Cerrados, Domínio das Caatingas, Domínio dos Mares de Morros, Domínio das Araucárias e Domínio das Pradarias.
Em contato entre estes grandes domínios acima relacionados, encontram-se inúmeras faixas de transição, que apresentam elementos típicos de dois ou mais deles (Pantanal, Agreste, Mata de Cocais, entre outros).
Dos elementos naturais, os que mais influenciam na formação de uma paisagem natural são o clima e o relevo, como são demonstrados no tópico de Geomorfologia, eles interferem e condicionam os demais elementos, embora sejam também por eles influenciados. A cobertura vegetal, que mais marca o aspecto visual de cada paisagem, é o elemento natural mais frágil e dependente dos demais (síntese da paisagem).

Ø Elementos Naturais que Compõem os Domínios Morfoclimáticos
*    Clima
O País apresenta predomínio de climas quentes ou macrotérmicos e chuvosos, devido à sua localização intertropical, apresentando grande porção de terras na Zona Tropical e Equatorial e pequena porção na Zona Temperada (Subtropical) do Sul.
É fundamental perceber que a diversidade climática (áreas de diferentes aspectos quanto à pluviosidade e a temperatura) do País é positiva para a agropecuária e é explicada por vários fatores, destacando-se a latitude, a continetalidade/maritimidade e a atuação das massas de ar (frias/quentes e secas/úmidas).
*    Relevo
O relevo brasileiro é de formação antiga - pré-cambriana (mais de 542 milhões de anos) -, sendo erodido e, portanto, aplainado. Apresenta o predomínio de planaltos, terrenos sedimentares e certas áreas com subsolo rico em recursos minerais. Outro aspecto importante consiste na ausência de vulcanismo ativo e fortes abalos sísmicos, fatos explicados pela distância em relação à divisa ou encontro das placas tectônicas, pois o país se encontra no interior da placa Sul-americana, somado à idade antiga do território.
*    Solos
O Brasil possui uma rica diversidade de ambientes pedológicos (solos), ao qual, para o país, são classificados 13 diferentes ordens (tipos) de solos, cada ordem ainda é dividida em outros: subordem, classes, entre outros. Sendo o solo um componente da paisagem advindo dos fatores naturais: material de origem (rocha), clima, organismos vivos, relevo e tempo.
*    Hidrografia
O Brasil possui 9 grandes regiões hidrográficas, como apresentadas no tópico de Hidrosfera, de grande diversidade. Alguns Domínios Morfoclimáticos possuem 2 ou mais dessas regiões hidrográficas.
*    Vegetação
O Brasil possui também enorme diversidade de ambientes fitogeográficos (vegetação), composto genericamente por 6 grandes regiões fitogeográficas: Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Mata de Araucárias e Pradarias.
Ø  O DOMÍNIO AMAZÔNICO
Floresta Ombrófila Densa – Floresta Amazônica
Fonte: klebercaverna.blogspot.com

Relevo
O Domínio Morfoclimático Amazônico apresenta um relevo formado essencialmente por depressões, originando os baixos planaltos e planícies. Apenas nos extremos norte e sul desse domínio, é que ocorrem maiores altitudes, surgindo os planaltos das Guianas ao norte e o planalto Central Brasileiro ao sul. Estes planaltos são as áreas mais elevadas do domínio Amazônico, onde as áreas mais elevadas estão junto à divisa com a Venezuela – Pico da Neblina -, e os planaltos das Guianas e Central.
A maior parte do Domínio Amazônico apresenta um relevo caracterizado por terras baixas. As verdadeiras planícies (onde predomina a acumulação de sedimentos) ocorrem somente ao longo de alguns trechos de rios regionais; os baixos planaltos (ou platôs), também de origem sedimentar, mas em processo de erosão, apresentam a principal e mais abrangente forma de relevo da Amazônia.
Clima
A Amazônia apresenta o predomínio do Clima Equatorial. Trata-se de um clima quente e úmido. Região de baixa latitude que apresenta médias térmicas mensais elevadas que variam de 24 °C a 27 °C.
A amplitude térmica anual, isto é, as diferenças de temperaturas entre as médias dos meses mais quentes e mais frios, é baixa (oscilações inferiores a 2 °C); os índices pluviométricos são extremamente elevados, de 1500 a 3000 mm anuais, chegando a atingir mais de 3000 mm; o período de estiagens é bastante curto em algumas áreas. A região é marcada por chuvas o ano todo.
Hidrografia
A hidrografia amazônica é riquíssima, representada quase que totalmente pela bacia amazônica. O rio principal, Amazonas, é um enorme coletor das chuvas abundantes na região (clima Equatorial); seus afluentes provêm tanto do Norte (margem esquerda), como o Negro, Jari, Japurá, quanto do Sul (margem direita), como o Juruá, Purus, Madeira, Xingu.
O rio Amazonas (e alguns trechos de seus afluentes) é altamente favorável à navegação, por se rios de planície, sem acidente geográfico. Por outro lado, o potencial hidráulico dessa bacia é atualmente considerado, sendo o mais elevado do Brasil, localizado, sobretudo nos afluentes da margem direita que formam grande número de quedas e cachoeiras nas áreas de contatos entre o planalto Central Brasileiro e as terras baixas amazônicas.
Solos
O Domínio Amazônico apresenta, em geral, solos de baixa fertilidade. Apenas em algumas áreas ocorrem solos de maior fertilidade natural, como os solos de várzeas em alguns trechos dos rios regionais e a terra preta, solo orgânico bastante fértil (pequenas manchas).
Vegetação
A floresta amazônica, principal elemento natural do Domínio Amazônico, abrangia quase 40% da área do País. A vegetação amazônica é caracterizada pelas seguintes características: perene (folhas o ano inteiro), latifoliada (folhas grandes), heterogênea (diversidade de espécies) e higrófila (vegetação adaptada a bastante umidade).

Fonte: http://interna.coceducacao.com.br/ 1
1 - Mata de Igapó - ou Caaigapó, localizada ao longo dos rios nas planícies permanentemente inundadas. São espécies do Igapó a vitória-régia, piaçava, açaí, cururu.
2 - Mata de Várzea: localizada nas proximidades dos rios, parte da floresta que sofre inundações periódicas. Como principais espécies têm a seringueira, sumaúma e copaíba.
3 - Mata de Terra Firme: ou Caaetê, parte da floresta de maior extensão localizada nas áreas mais elevadas (baixos planaltos), que nunca são atingidas pelas enchentes. Além de apresentar a maior variedade de espécies, possui as árvores de maior porte. São espécies vegetais da castanheira e mogno.

Ø  DOMÍNIO DOS CERRADOS
Parque Estadual do Juquery - Campo Cerrado
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O cerrado é um domínio característico da parte central brasileira, apresentando terrenos cristalinos (as chamadas “serras”) e sedimentares (chapadas), com solos muito precários, ácidos, muito porosos, altamente lixiviados e intemperizados.
A expansão contínua da agricultura e da pecuária moderna exige o uso de corretivos com calagens e nutrientes, que é a fertilização artificial do solo. A região tem sido devastada nas últimas décadas pela agricultura comercial intensiva de policultura, principalmente a soja.
Relevo
A principal unidade geomorfológica do Cerrado é o planalto Central, bastante desgastado pelos processos erosivos pluviométricos, e por terrenos sedimentares que formam as chapadas e os chapadões - planaltos.
Clima
O principal clima do Cerrado é o tropical continental (semi-úmido); apresenta estações do ano bem definidas, uma bastante chuvosa (verão) e outra seca (inverno), isso caracteriza a sazonalidade climática; as médias térmicas são elevadas, oscilando entre 20 °C a 28 °C e os índices pluviométricos variam em torno de 1 500 mm anuais.
Hidrografia
É uma região com baixa densidade hidrográfica (de rios), sendo este domínio caracterizado com divisor de águas das bacias do São Francisco, Platina, Leste e Amazônica.
Os rios são perenes, mas passam por 2 momentos anuais: vazante (inverno seco) e cheias (verão chuvoso).
Solos
No Domínio do Cerrado predominam os solos pobres e bastante ácidos (pH abaixo de 6,5). São solos altamente intemperizados e lixiviados, que, para serem utilizados na agricultura, necessitam de muitos corretivos tais como: método da calagem, que é a adição de calcário ao solo, buscando à correção do pH.
Vegetação
O Cerrado apresenta normalmente dois estratos de vegetação: arbóreo-arbustivo, com árvores de pequeno porte e herbáceo, de gramíneas e vegetação rasteira.
Os arbustos possuem os troncos e galhos retorcidos, caule grosso, casca espessa e dura e raízes profundas. O espaçamento entre arbustos e árvores é grande, favorecendo a prática da pecuária extensiva.
Ao longo do curso dos rios, áreas com maior umidade do solo, surgem pequenas e alongadas florestas, denominadas Matas Galerias ou Ciliares.

Ø  O DOMÍNIO DAS CAATINGAS
Vegetação Xerófita – Caatinga Nordestina
plantas-da-caatinga-xique-xique.html

Este domínio é marcado pelo clima tropical semi-árido, vegetação de caducifólia (perca de folhas), relevo erodido, destacando-se o maciço nordestino e a hidrografia intermitente (seca em momentos de falta de chuva). Localizada na sua maior parte na região do Nordeste brasileiro.
Relevo
No domínio Morfoclimático das Caatingas predominam as depressões interplanálticas, principalmente a Sertaneja e a do São Francisco.
A leste atinge o planalto de Borborema (PE) e a Chapada Diamantina (sul da Bahia). O interior do planalto Nordestino é uma área em processo de pediplanação (planas), isto é, a influência das chuvas é pequena (clima semi-árido) nos processos erosivos, predominando o intemperismo físico (variação de temperatura) e ação dos ventos (erosão eólica), que vão aplainando continuamente o relevo (fragmentação de rochas).
Clima
O domínio da caatinga possui clima tropical semi-árido, caracterizado pelas temperaturas elevadas, chuvas escassas e irregulares. O período chuvoso no Nordeste “seco” é denominado pelo sertanejo de “inverno”, ou seja, a maioria da pluviosidade, que tem entre 600 a 750 mm anuais, se concentra nos meses de “inverno”.
Hidrografia
A mais importante bacia hidrográfica do Domínio da Caatinga é a do São Francisco. Apesar de percorrer áreas de clima semi-árido, é um rio perene, pois tem sua nascente em áreas de clima tropical úmido, embora na época das secas possua um nível baixíssimo de águas devido aos afluentes do nordeste diminuírem seu nível de água e até mesmo secaram em um determinado período do ano.
Rio de planalto, apresenta, sobretudo em seu médio e baixo curso, várias quedas, favorecendo a produção de energia elétrica (usinas de Paulo Afonso, Sobradinho,etc.).
Além do São Francisco, existem vários outros rios que drenam a Caatinga: os rios intermitentes (ou temporários) da bacia do Nordeste como o Jaguaribe, Acaraú, Apodi, Piranhas, Capibaribe, etc.
Solos
Os solos do Domínio da Caatinga são, geralmente, pouco profundos devido às escassas chuvas (baixo intemperismo químico) e ao predomínio do intemperismo físico. Apesar disso, apresenta boa quantidade de minerais básicos, fator favorável à prática da agricultura. A limitação da atividade agrícola é representada pelo regime incerto e irregular das chuvas, ou seja, a falta de água. Problema que poderia ser solucionado com a prática de técnicas adequadas de irrigação.
Vegetação
A paisagem arbustiva típica do Sertão Nordestino, que dá o nome a esse domínio é a caatinga. Possui grande heterogeneidade quanto ao seu aspecto e à sua composição vegetal.
Em algumas áreas, forma-se uma mata rala ou aberta, com muitos arbustos e pequenas árvores. Em outras áreas, o solo apresenta-se quase descoberto, proliferando os vegetais xerófilos, como as cactáceas e as bromeliáceas. É uma vegetação caducifólia (na época das secas as plantas perdem suas folhas, evitando a evapotranspiração).
Os brejos são as mais importantes áreas agrícolas do Sertão. São áreas de maior umidade, localizadas em encostas de serras ou vales fluviais.
Ø  DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS FLORESTADOS
Morros em "meia-laranja" (Foto: Wikimedia Commons)
Relevo
O aspecto característico do Domínio dos Mares de Morros encontra-se no relevo e nos processos erosivos.
O planalto Atlântico é a unidade do relevo que mais se destaca. Nesse planalto estão situadas as terras altas do Sudeste, constituindo um conjunto de saliências ou elevações, abrangendo áreas que vão do Espírito Santo a Santa Catarina, entrando nos estados de São Paulo e Minas Gerais para o interior do território brasileiro.
O relevo é constituído, além dos planaltos dissecados (os mares de morros), por várias serras regionais como a do Mar, Mantiqueira, Geral, Espinhaço, Caparaó (Pico da Bandeira = 2 892 m).
A erosão, provocada pelo clima tropical úmido, associada a um intemperismo químico significativo sobre os terrenos cristalinos (granito/gnaisse), é um dos fatores responsáveis pela conformação do relevo, com a presença de morros com vertentes arredondadas (morros em Meia Laranja, Pães-de-Açúcar).
Clima
Por ser encontrar localizado desde a região Nordeste até o Sul do Brasil, os Mares de Morros apresenta uma enorme diversidade dos seus elementos naturais, principalmente o clima.
O Domínio dos Mares de Morros apresenta o predomínio do clima tropical úmido. Na Zona da Mata Nordestina, as chuvas concentram-se no outono e inverno. Na região Sudeste, devido a maiores altitudes, o clima é o tropical de altitude, com médias térmicas anuais entre 14 °C e 22 °C, bastante influenciadas pelo fator altitude. As chuvas ocorrem no verão, que é muito quente. No inverno, as médias térmicas são mais baixas, por influência da altitude e da massa de ar Polar Atlântica (mPa). Tendo um verão quente e chuvoso e um inverno seco e quente, a amplitude térmica e pluviométrica é elevada nas estações do ano.
No litoral norte de São Paulo a pluviosidade é elevadíssima, consequência da presença da serra do Mar, que barra a umidade vinda do Atlântico (chuvas orográficas ou de relevo – fator relevo). Em Itapanhaú, litoral de São Paulo, foi registrado o maior total anual de chuvas (4 514 mm) já registrado no Brasil.
Hidrografia
As serras do Sudeste dividem o domínio em várias bacias hidrográfica de médio e grande portes: bacia do São Francisco, bacia do Paraná, bacias Secundárias do Leste (Paraíba do Sul, Doce) e bacias do Sul.
A maior parte dos rios são planálticos, ou seja, encachoeirados, com grande número de quedas d’água, corredeiras e com elevado poder de erosão. O potencial hidráulico é também elevado. Esses rios apresentam cheias de verão e vazante de inverno (regime pluvial tropical).
Solos
Na Zona da Mata Nordestina têm-se um solo de grande fertilidade que se originou da decomposição do granito, gnaisse e, às vezes, do calcário. Esse solo é popularmente conhecido como massapé.
No Sudeste, os principais são solos argilosos de razoável fertilidade, formado, principalmente, pela decomposição do granito e gnaisse em climas úmidos.
É o domínio morfoclimático mais sujeito aos processos erosivos, devido ao relevo acidentado e da ação de clima tropical úmido (bastante chuvoso). O intemperismo químico atinge profundamente as rochas dessa área, formando solos profundos, como o Latossolo de Viçosa, intensamente trabalhados pela ação das chuvas e enxurradas.
Vegetação
A principal paisagem vegetal desse domínio originalmente era representada pela mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical. Essa formação florestal ocupava áreas de desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, cobrindo as escarpas voltadas para o mar e os planaltos interiores.
Com o processo de ocupação dessas terras brasileiras desde o início do colonialismo, essa floresta sofreu grandes devastações. No início, foi à extração do Pau-Brasil; posteriormente, a agricultura da cana-de-açúcar (Nordeste) e a do Café (Sudeste). Nesta área dos Mares de Morros Florestados é também o domínio Morfoclimático com maior densidade populacional.
Ø DOMÍNIO AS ARAUCÁRIAS
Floresta Ombrófila Mista – Domínio das Araucárias
dominios-morfoclimaticos-e-fitogeograficos-do-brasil/

Relevo
O Domínio das Araucárias ocupa áreas pertencentes ao Planalto Meridional (Sul) do Brasil; as altitudes variam entre 800 e 1 300 metros.
Além do planalto arenito basáltico, surge a Depressão Periférica e suas cuestas. São relevos salientes, formados pela erosão diferencial, ou seja, ação erosiva sobre rochas de diferentes resistências – sendo erodidas as que são menos resistentes a erosão. Essas frentes de cuestas são chamadas serras: Geral, Botucatu, entre outras.
Clima
O domínio das araucárias apresenta como clima na maioria da sua região o subtropical. Ao contrário dos demais climas brasileiros, pode ser classificado como mesotérmico (temperaturas médias).
As chuvas ocorrem durante o ano todo. No verão elas são de ocorrência devido a massa de ar Tropical Atlântica (mPa). No inverno, é frequente a penetração da massa Polar Atlântica (mPa), ocasionando chuvas frontais,  precipitações causadas pelo encontro da massa quente (mTa) com a fria (mPa). Os índices pluviométricos são elevados, variando de 1 250 a 2 000 mm anuais.
Hidrografia
O Domínio das Araucárias é drenado, principalmente, por rios pertencentes às bacias do Paraná e do Uruguai.
Embora o Paraná apresente um regime tropical, com cheias de verão, a maior parte dos rios desse domínio possui regime subtropical, com duas cheias e duas vazantes anuais, apresentando pequena variação em sua vazão, consequência do regime de chuvas que é distribuído durante o ano todo.
Solos
Aparecem, nesse domínio, solos de grande fertilidade natural, como a terra roxa a oeste do Paraná, solo de origem vulcânica, de cor vermelha, formado pela decomposição do basalto.
Em vários trechos do Rio Grande do Sul, ocorrem vastas áreas de solo fértil, denominado brunizem (elevado teor de matéria orgânica). Em contradição, são encontrados ainda, nesse domínio, solos ácidos, pobres em minerais e de baixa fertilidade natural.
Vegetação
O Domínio das Araucárias apresenta o predomínio da floresta aciculifoliada (folhas pontiagudas) subtropical ou floresta das Araucárias (Araucária angustifólia). Originalmente, localizava-se das terras altas de São Paulo até o Rio Grande do Sul, sendo o único exemplo brasileiro de conífera. Também denominada mata dos Pinhais, apresenta as seguintes características gerais; é uma formação vegetal menos densa; foi intensamente devastada, restando atualmente e torno de 3% da área natural.
Ø DOMÍNIO DAS PRADARIAS
Campanha Gaúcha, Pampas Sulinos ou Pradarias
Fonte: http://outrofocooutravisao.blogspot.com/2010/05/indo-serra-gaucha-mude-seu-destino-mude.html
Relevo
Este domínio engloba três unidades do relevo brasileiro: planaltos e chapadas da bacia do Paraná (oeste), depressão periférica sul-rio-grandense (centro) e o planalto sul-rio-grandense (leste). Trata-se de uma área com altitudes médias entre 200 e 400 metros, onde se destacam conjuntos de colinas onduladas denominadas coxilhas, ou seja, pequenas elevações onduladas.
Clima
O clima é subtropical com temperatura média anual baixa, destacando-se como principal fator a latitude e a ocorrência de frentes frias (mPa).
Apresenta considerável amplitude térmica e, no verão, as áreas mais quentes é a Campanha Gaúcha, que registram máximas diárias acima de 38°. A precipitação é regular, chovendo basicamente o ano inteiro.
Hidrografia
Envolve partes das bacias hidrográficas do Uruguai e do Sul. Os rios desse domínio são perenes, mas de baixa densidade hidrográfica, com traçados meândricos (curvas).
Alguns correm para o Leste (bacia Secundária do Sul), desaguando nas lagoas litorâneas como Patos (maior do Brasil), Mangueira e Mirim. Os rios Jacuí (Guaíba) e Camaquã são exemplos. Outros correm em direção ao Oeste (bacia do Uruguai.
Solos
Apresentam boa fertilidade natural. Mas acontece nessa região um desequilíbrio ambiental caracterizado como arenização.
A utilização do conceito de desertificação é considerado inadequado para a região, porque ela não apresenta um clima árido ou semi-árido, como também não existem evidências de que o processo estaria alterando o clima regional.
Vegetação
A vegetação típica da paisagem das pradarias é constituída pelos Pampas ou Campos Limpos, onde predominam gramíneas de tamanho que varia de 10 a 50 cm aproximadamente.

Ø AS FAIXAS DE TRANSIÇÃO
O contato entre os limites dos domínios morfoclimáticos se apresentam com uma grande complexidade dos elementos naturais, principalmente a vegetação, onde não apresentam características bem definidas, pois combinam as características de dois ou três domínios vizinhos.
Entre os domínios morfoclimáticos, as principais faixas de transição são: Mata de Cocais, Pantanal-Mato-Grossense e Agreste (Nordestino).
Fonte: http://interna.coceducacao.com.br/

A Mata de Cocais, também denominada de Mata de Babaçuais – devido à presença de uma espécie típica de palmeira, o babaçu que se encontra principalmente nas áreas de vales fluviais (vales de rios), outra espécie típica é a carnaúba -, é uma área de transição entre três domínios: Amazônico (a Oeste), Caatinga (a Leste) e Cerrado (a Sul).
Mata de Cocais no Meio-Norte Nordestino
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O Pantanal Mato-Grossense, uma área de planície da depressão da bacia do Paraguai, onde a maior parte é alagável durante o período de cheia dos rios. Por ser uma área de planície, a estrutura geológica é compreendida principalmente por rochas sedimentares. A sua área está de encontro entre os domínios Amazônico e do Cerrado de vegetação características dos países vizinhos (Bolívia e Paraguai), ao qual possui uma diversidade exuberante de espécies.
Pantanal Mato-Grossense
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O Agreste é uma paisagem de transição entre a Mata Atlântica (ou Zona da Mata Nordestina) e a Caatinga (ou Sertão). Essa área apresenta um clima mediano entre as duas vizinhas, nem tão úmido quanto a Zona da Mata e nem tão seco quanto o Sertão. A vegetação assemelha-se à mata Atlântica em algumas áreas mais úmidas e em outros, à Caatinga, áreas mais seca.
Esquema de memorização dos Domínios Morfoclimáticos e suas características.


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