quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS


As projeções cartográficas são os processos geométricos de representação do elipsoide terrestre no plano da carta ou do mapa. São as diferentes formas de se traçar a rede de coordenadas geográficas, de paralelos de latitude e meridianos de longitude, e a escala que se necessita usar em um determinado tipo de mapa específico.

Várias formas de representação.
É lógico pensar que se o planeta é representado como um elipsoide (uma esfera irregular com achatamento nos polos), mas o colocamos como uma esfera perfeita da maneira que vemos na representação demonstrada pelo globo, para facilidade de representação. Pensando nisso, se o planeta é uma esfera, então transformar a sua representação em um plano, como vemos em um mapa se torna consciente de que haverá distorções na nova forma de apresentação, o mapa. Nesse sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor científico à cartografia. No entanto, nenhuma das projeções evitará a totalidade das deformações, elas irão valorizar alguns aspectos da superfície representada e fazer com que essas distorções sejam conhecidas.
São três as formas de mapas:
I)  Cilíndrica - o plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa. As distorções ocorrem em menor proporção na tangência do mapa, ou seja, onde o mapa toca o globo, e as maiores distorções acontecem cada vez maiores quanto mais se aproxima dos polos.


II)           Plana ou Azimutal - a superfície terrestre é representada sobre um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos, retos que se irradiam dos polos. As deformações aumentam com o distanciamento do ponto de tangência. É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.



III)          Cônica - a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos são linhas retas convergentes para os polos. Nessa projeção, as distorções aumentam conforme se afasta do paralelo de contato com o cone. A projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre.


Quando se transfere para uma base plana, são três tipos de deformação que podem ocorrer, e os mapas ganham uma nomeação característica segundo a deformação sofrida, e as deformações que são mais evidentes são:
- Conformes – os ângulos das coordenadas geográficas são mantidos idênticos (na esfera e no plano) com ângulo de 90º entre todas as linhas que se cruzam, e as áreas representadas (continentes, oceanos e ilhas) são deformadas neste tipo de projeção.
- Equivalentes – quando as áreas apresentam-se idênticas, ou seja, com o mesmo desenho do real, e os ângulos deformados.
- Equidistantes – quando em algumas partes do mapa a escala se mantem correta, as distâncias proporcionais ao real. Observam-se deformações no ângulo ou no tamanho da área ou na distância (escala) do mapa.
Para se fazer a projeção são usados como artifícios três superfícies de projeção diferentes. Repare no desenho: temos uma Terra representada por uma esfera e depois, encostamos um plano em qualquer parte dela, ou a envolvemos em um cone ou em um cilindro.


PROJEÇÃO DE MERCATOR
Cilíndrica + Conforme (mantém o formato dos continentes, mas distorce as áreas, principalmente em áreas mais próximas aos polos).
A projeção de Mercator foi criada pelo cartógrafo, geógrafo e matemático belga Gherard Kremer (1512-1594), mais conhecido como Mercator, em 1569. Surgiu num momento em que a expansão marítima européia já estava em andamento e boa parte do mundo já era conhecida.
Para facilitar a orientação, Mercator colocou os meridianos uns ao lado dos outros e cortando os paralelos, sempre perpendicularmente. Ao colocar meridiano e paralelos cruzando-se sempre em ângulo reto (conforme), ele permitiu que, com seu mapa e uma bússola na mão, os navegadores pudessem se orientar pelos pontos cardeais e colaterais.

Por que Mercator colocou o norte na parte de cima de seu mapa e não mais o sul, como faziam os cartógrafos árabes e italianos? Os europeus estavam conquistando territórios, dominando e colonizando povos, logo, sentiam-se superiores. Esse sentimento de superioridade é chamado de etnocentrismo (ao qual os mapas criados nesta época por europeus tem intenção de representar a Europa na parte superior e no centro do mundo).
Etnocentrismo é a tendência que os povos têm de valorizar sua cultura e seu modo de vida, tomando-os como medida de todos os demais. Assim, numa relação marcada pelo etnocentrismo, o outro tende a ser visto como estranho, seus costumes, menosprezados. Isso aconteceu na relação dos europeus com os povos americanos e africanos. Quando a cultura européia foi imposta aos povos dominados, estes perderam sua identidade cultural. Esse marco europeu passou então a ser chamado de Eurocentrismo (Ideias, Ciências, Economia, Costumes centrados na Europa e dito como o padrão do ocidente).
PROJEÇÃO DE PETERS
Cilíndrica + Equivalente (mantém a proporção das áreas representadas, mas altera as formas).


 
A projeção dos dois mapas acima foi elaborada em 1952, pelo historiador alemão Arno Peters.  O primeiro é eurocêntrico, pois a Europa está cartografada no centro e na parte superior. Porém, a segunda projeção minimiza um pouco o eurocentrismo, ao manter a equivalência das áreas dos países e continentes, essa projeção é também chamada de projeção equivalente.
Há certa polêmica em torno dessa projeção, uma vez que, além de proposições técnicas, ela também apresenta um cunho político, por ampliar as áreas dos países do sul, cuja maioria dos países é subdesenvolvida, e diminuir as áreas dos países do norte, de maioria desenvolvida. Além disso, nesse planisfério, a África é colocada no centro do mapa, ao contrário da projeção de Mercator, em que a Europa encontrava-se no centro. Frequentemente, essa projeção é alcunhada de “terceiro-mundista”.
Sua proposta não foi bem recebida pelos cartógrafos de sua época, que elaboraram três críticas principais:
1ª - referia-se à falta de cientificidade de sua obra, que abdicava de detalhes técnicos em detrimento de opções políticas;
 2ª - era referente às distorções de sua projeção equivalente, que deixava os continentes mais “finos” no Equador e mais “largos” nos polos, dificultando a localização e o deslocamento.
3ª – é a mais séria crítica, refere-se ao fato de Peters ter supostamente plagiado a verdadeira obra de um cartógrafo chamado de James Gall, pouco ou nada alterando as suas concepções originais. Nesse caso, algumas citações desse mapa veem com o título de “Gall-Peters”.
PROJEÇÃO CÔNICA
Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a preparação do mapa. Os meridianos formam linhas retas convergentes nos polos e os paralelos formam círculos concêntricos. Baseia-se na representação somente de uma parte do globo (Norte ou Sul), sendo impossível a representação completa dos 2 hemisférios. As maiores distorções ocorrem nas partes extremas do mapa, já as áreas com menor distorção são as partes do meio do mapa, ou onde o mapa toca o globo.
Essa projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um continente.

PROJEÇÃO AZIMUTAL OU PLANA.
O mapa numa projeção plana é formado sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.
A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. Dessa forma, as distorções aumentam cada vez mais que se distância do centro do mapa.
 O emblema da ONU é uma projeção azimutal, sendo a projeção mais conhecida deste tipo.



PROJEÇÃO DE ROBINSON

É uma projeção cilíndrica afilática (não conserva a área, nem a forma e nem a distância), foi elaborada pelo cartógrafo e geógrafo norte-americano Arthur Robinson (1915-2004) na década de 1960.
Sabemos que todas as projeções cartográficas apresentam distorções, em razão do fato de elas serem representações da esfera terrestre apresentadas em um plano. No caso das projeções cilíndricas, essas elaborações são classificadas em dois tipos principais: conformes e as equivalentes.
As projeções semelhantes (conformes) procuram representar corretamente a forma dos continentes, tendo como prejuízo a distorção de suas áreas, como no caso da Projeção de Mercator. Por outro lado, as projeções equivalentes procuram conservar as áreas, mas com a distorção de suas formas, como no caso da Projeção de Peters. Esses dois exemplos foram explicados anteriormente.
A grande vantagem da Projeção de Robinson é de ela se encontrar em um meio termo entre esses dois tipos. Ela não preserva nem a forma e nem a correta área dos continentes, por isso ela ser denominada como afilática. No entanto, ela consegue minimizar as distorções que ocorrem nesses dois aspectos. Observe a projeção, os seus meridianos são linhas curvas, em forma de elipse, que se aproximam cada vez mais que se distancia do Equador.
Devido a isso, ela é ideal para mapas que procuram representar a área da Terra como um todo e, assim, é a projeção mais utilizada em mapas e atlas, sendo muito conhecida também como o mapa-múndi da Terra.

PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE

A Projeção de Mollweide  é uma projeção cartográfica elaborada no ano de 1805 pelo astrônomo e matemático alemão Karl Mollweide (1774-1825), muito utilizada para a elaboração de mapas-múndi atualmente, o matemático buscava uma forma de corrigir a Projeção de Mercator, uma vez que essa era muito útil para navegações, porém pouco recomendada para análises sobre os continentes por alterar as suas escalas.
A projeção de Mollweide é uma projeção equivalente convencional (conserva o tamanho das áreas, mas altera as suas formas), nesta projeção, a Terra inteira é representada dentro de uma elipse. Paralelos de latitude são linhas retas paralelas ao equador. O espaçamento dos paralelos ao lingo do meridiano central é calculado para assegurar que todas as áreas no mapa sejam iguais as áreas correspondentes, a distorção é mínima perto da interseção do Equador com o meridiano central e aumenta na direção das extremidades do mapa.

PROJEÇÃO DE GOODE


A projeção interrompida ou descontínua do geógrafo e cartógrafo norte-americano John Paul Goode (1862-1932) é um tipo diferenciado de projeção idealizado pelo autor com a finalidade principal de mostrar a equivalência das massas continentais e oceânicas. Para tanto, os mapas que apresentam esse tipo de projeção trazem as referidas massas interrompidas ou descontínuas.
Em razão de seu aspecto, a projeção interrompida é comumente associada a cascas de laranja em pedaços sobre uma área plana, uma vez que algumas partes ficam desconectadas entre si, ficando impossível uni-las novamente quando colocadas em modo plano.
Em todas as projeções, existem vantagens e desvantagens, vejamos algumas delas: as vantagens dessa projeção, podemos citar, a sua utilização para a produção de mapas temáticos concernentes a fenômenos estritamente terrestres, como a distribuição de indústrias e a distribuição das grandes cidades pelo mundo; as desvantagens estão a impossibilidade de se calcular distâncias intercontinentais, representar áreas oceânicas e polares, bem como visualizar toda a massa terrestre em conjunto.
A Projeção Descontínua de Goode é, dessa forma, mais um exemplo de como as projeções cartográficas devem ser diferentemente aproveitadas, adequando suas características ao uso que delas será realizado, cabendo ao elaborador dos mapas avaliar os critérios para realizar a melhor escolha possível.
EXTRA: os mapas mentiram para você a vida inteira. Quer saber o motivo? Então acesse a seguinte página e descubra: http://hypescience.com/mapas-antigos/
MAPAS TEMÁTICOS.
Mapas temáticos são representações de informações sob uma perspectiva geográfica, transformando o Espaço-Território em elemento de análise espacial de dados a partir de uso de mapas, apresentando informações extremamente especializadas (econômicos, políticos, físicos, sociais entre outros).
Ao elaborar um mapa temático, os geógrafos e cartógrafos têm que encontrar fontes de informações precisas e atualizadas para uma série de fenômenos sociais e ambientais. É utilizada uma variedade de fontes para melhor generalizar a característica ( o tema) que se deseja mostrar. Por exemplo, para um mapa de densidade populacional, a cada 10 anos há um censo em dado país. Os dados do novo censo serão disponibilizados para o público e será possível, então, receber as novas informações e fazer novos mapas a partir delas.
Vejamos 2 exemplos de mapas temáticos:

Mapa Político-Administrativo do Brasil, IBGE, 2013.

Mapa de Grau de Urbanização do Brasil em 1991, IBGE.

Um exemplo de mapa temático é também o abaixo, onde demonstra em um só mapa, 4 tipos de temas que podem ser encontrados em um mapa: rodoviário, climático, geomorfológico (relevo) e agrícola.

MAPA ANAMÓRFICO
Mapa Anamórfico é um recurso para quem deseja passar uma informação específica sobre regiões diferentes, geralmente utiliza-se o mundo. 
Nesta representação o mapa é distorcido de forma que o resultado final nos passe a informação desejada. O traçado e tamanho dos países variam de acordo com os dados ou valores que se usa para configurar a representação de um tema específico: PIB, Saneamento Básico, Desigualdade Social, Devastação Ambiental e outros. Para gerar este tipo de mapa, o mesmo critério usado em um país ou região, deve também ser usado nas outras que se compara. Por exemplo, se quisermos construir um mapa anamórfico que mostre os índices de PIB no mundo, utilizaremos um mapa-mundi baseado não proporção territorial do país ou região, mas sim em relação ao valor do PIB.
Mapa Anamórfico de PIB Mundial.

Mapa Anamórfico do número de habitantes dos países da Europa.


ATIVIDADES
1.     (UFPel RS-2005) O cultivo da videira e a produção de vinho desenvolveram-se na terra gaúcha desde a chegada dos imigrantes italianos, nas últimas décadas do século XIX. A expansão atual do mercado para os vinhos gaúchos leva os seus produtores a uma procura por inovações tecnológicas, com o objetivo de melhorar a qualidade do seu produto e, assim, competir com os vinhos finos estrangeiros. O mapa a seguir, adaptado de original elaborado pela geógrafa Ivanira Falcadi e pelo agrônomo Jorge Tonietto, é um detalhado estudo da região onde são produzidos mais de noventa por cento dos vinhos nacionais.


Com base nas informações anteriores e em seus conhecimentos, é correto afirmar que:

a)      a especialização vitivinícola substituiu a policultura, principalmente em Bento Gonçalves e Garibaldi, e aparece cartografada, com escala 1: 100, no mapa topográfico acima, que mostra detalhes do relevo da região.
b)    a figura acima é um mapa temático e um instrumento de "marketing", uma vez que seleciona um tema de interesse do usuário, bem como divulga a região vinícola da serra gaúcha.
c)    o mapa, pelo seu detalhamento, é a própria realidade da agroindústria vinícola gaúcha, demonstrando a origem colonial da organização desse espaço regional.
d)    o mapa é uma representação gráfica global que utiliza uma linguagem visual e simbólica para transmitir diversas informações, como a mudança funcional da cidade de Caxias do Sul de pólo agrícola para pólo industrial.
e)    a função temática e topógrafa do mapa adaptado, que utiliza uma escala pequena, apresenta informações que configuram a expansão do mercado de vinhos da Serra Gaúcha.


2.     (PUC RS-2005) Considere o mapa e as afirmativas.
I.     Cartograficamente, o mapa demonstra uma forma equivocada de ver o mundo, pois a localização do Brasil junto ao Trópico de Câncer não condiz com a realidade demonstrada pelo globo terrestre.
II.     Geopoliticamente, é um mapa verdadeiro, pois quer representar a inversão de valores cartográficos, já que o Brasil, ficando no Hemisfério Norte da Terra, juntamente com outros países pobres, transmitirá a impressão de deter o poder sócio-político.
III.     Com o Brasil no centro da representação, o mapa questiona o eurocentrismo e valoriza a percepção de um observador brasileiro perante a imagem do globo.
IV.      Mesmo com essa representação, a Antártica continua localizada ao Sul de todos os outros continentes.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que somente estão corretas:

a)   I e II
b)   II e III
c)   I, II e IV
d)   I, III e IV
e)   III e IV

3.     Observe com atenção o mapa a seguir.
O planisfério foi elaborado cartograficamente por meio da Projeção de Gall-Peters, concebida inicialmente por James Gall no final do século XIX e retomada por Arno Peters a partir da metade do século seguinte, cujo contexto político-econômico, fortemente o influenciou para o desenvolvimento desse mapa.
Assinale a alternativa cuja característica corresponde ao mapa de Gall-Peters:
a) Corresponde a uma projeção do tipo cônica, que distorce as áreas situadas nas baixas latitudes e torna mais fiel a representação das regiões de média e elevada latitudes.
b) Peters, que retomou a elaboração dessa projeção durante o período da “Guerra Fria”, procurou ressaltar no mapa, a partir da representação das dimensões das áreas, a superioridade dos Estados Unidos sobre as demais porções do globo.
c) Trata-se de uma projeção equivalente que objetiva representar um retrato mais ou menos fiel do tamanho das áreas, o que faz a África e a América do Sul ganharem mais destaque do que quando representadas na Projeção de Mercator.
d) É uma projeção, cuja principal qualidade está no respeito às formas dos continentes, procurando representá-las com fidelidade, ao contrário das áreas que são mostradas de maneira desigual, sendo maiores próximas aos polos e reduzidas na faixa intertropical.

4.     (Unifesp – 2003) Observe o mapa, centrado num ponto do Brasil, que pode ser empregado para uma avaliação estratégica do país no mundo.


(M. E. Simielli, " Geoatlas". 1991)
 Esse mapa foi desenhado segundo a projeção

a)     de Mercator.
b)     cônica eqüidistante.
c)     de Peters.
d)     azimutal.
e)     de Mollweide.

5.   (CFTMG) No mapa obtido dessa projeção cartográfica,
a) as regiões polares apresentam pequenas distorções.
b) o Círculo Polar Ártico mantém as dimensões inalteradas.
c) os paralelos e os meridianos cruzam-se, formando ângulos retos.
d) a área em destaque tem forma e tamanho idênticos aos da sua origem no globo.

6.   (PUC-PR) Observe as representações do continente africano, realizadas por meio das projeções de Mercator e de Peters.
(Adaptado de Oswald Freyer - Eimbeke, p. 40)
ASSINALE a alternativa CORRETA:
a) Na projeção de Peters, as distâncias entre os paralelos crescem à medida que se afastam do Equador, gerando um aumento exagerado das áreas localizadas próximas aos pólos.
b) A projeção de Mercator não se presta para a comparação de superfícies ou para medir distâncias, uma vez que foi criada para atender às necessidades de navegação do século XVI.
c) Tanto a projeção de Mercator como a de Peters falseiam a superfície dos continentes, seja pela deformação latitudinal (Mercator) ou pela deformação longitudinal (Peters).
d) Por situar a África no centro, a projeção de Peters torna a África maior do que de fato ela é, se comparada aos demais continentes.
e) Os mapas de Peters e de Mercator, por se tratarem de projeções cilíndricas, não causam nenhuma deformação na representação de qualquer região do globo terrestre em um plano.

7.     (UFES) As figuras a seguir mostram o mundo representado em projeções cartográficas diferentes.
Analisadas as figuras acima, é CORRETO afirmar que:
a) ambas as projeções são cilíndricas, sendo que a de Mercator é equivalente e a de Peters é conforme.
b) a projeção de Mercator conserva as áreas dos continentes e, por esse motivo, é chamada de eurocêntrica.
c) a projeção de Mercator é conforme, ou seja, conserva as formas dos continentes e é a mais adequada para a navegação marítima.
d) a projeção de Peters é a mais adequada para a representação dos países do Terceiro Mundo, pois mantém as formas em proporção correta.
e) a projeção de Peters é eqüidistante, ou seja, mantém a proporcionalidade real nas medidas de distâncias e ângulos.
8.     (UFRN) As figuras a seguir foram construídas utilizando a projeção do tipo azimutal equidistante.
SENE, E. de; MOREIRA, J. C. "Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização". São Paulo: Scipione, 2003. p. 446.

Sobre esse tipo de projeção, PODEMOS AFIRMAR QUE:
a) representa as áreas de latitudes médias e a conservação das formas e dos ângulos continentais.
b) mostra um mundo igual para as pessoas e as nações, apresentando, pois, um conteúdo político e social.
c) conserva as formas das massas e a proporcionalidade dos diversos continentes.
d) representa distâncias e direções exatas a partir de um centro, revelando, dessa forma, um conteúdo geopolítico.

9.     (FUVEST-2010) Sempre deixamos marcas no meio
ambiente. Para medir essas marcas, William Rees propôs um(a) indicador/estimativa chamado(a) de ”Pegada Ecológica”. Segundo a Organização WWF, esse índice calcula a superfície exigida para sustentar um gênero de vida específico. Mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer e renovar seus recursos naturais e também de absorver os resíduos que geramos. Assim, por exemplo, países de alto consumo e grande produção de lixo, bem como países mais industrializados e com alta emissão de CO2, apresentam maior Pegada Ecológica.
www.wwf.org.br. Acessado em 17/08/09. Adaptado.
Assinale a anamorfose que melhor representa a atual Pegada Ecológica dos diferentes países.
Nota — Considere apenas os tamanhos e as deformações dos países, que são proporcionais à informação representada.
Fontes: www.worldmapper.org. Acessado em 17/08/2009. Le Monde Diplomatique, 2009.
a)  
    
b) 
 
c) 
 
d)


e) 
  


10.   (UFPR-2001-Modificada) "A cartografia pode ser entendida como uma disciplina que abrange o desenvolvimento científico e a melhoria de técnicas usadas na comunicação dos dados relacionados espacialmente."
(SMALL, J.; WITHERICK, M. Dicionário de geografia. Lisboa : Dom Quixote, 1992.)
Sobre o tema, é incorreto afirmar:
a)      O bom uso da linguagem cartográfica compreende a capacidade de entendimento dos símbolos utilizados na representação dos fenômenos geográficos.
b)    A indicação da escala utilizada é indispensável para a leitura adequada de produtos cartográficos.
c)     O traçado de curvas de nível, ou isoípsas, é um dos recursos cartográficos utilizados para representar o relevo terrestre.
d)    Na projeção cartográfica de Mercator, a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário.
e)     Quanto maior a escala de uma representação
      cartográfica, maiores e mais visíveis serão os detalhes de cada fenômeno representado.


11.   (UFSCar-2009) A figura é uma proposta de representação cartográfica, defendida pelo administrador de empresas Stephen Kanitz.

Pode-se afirmar que ela se fundamenta numa projeção cartográfica:
a) viável, pois embora invertida, não incorre em deformações na representação da superfície da Terra.
b) impossível, pois omite as nações mais ricas do globo, que detêm o poder político, econômico e militar.
c) correta, pois se utiliza da projeção cilíndrica de Peters para dar ênfase ao hemisfério meridional.
d) possível, mostrando que a escolha dos referenciais cartográficos tem componentes político-ideológicos.
e) incorreta, pois não respeita as normas básicas da projeção de Mercator, a mais correta das projeções.
12.   (VUNESP-2010) Observe os mapas.


(Regina Vasconcelos, Ailton P. Alves Filho. Novo Atlas
Geográfico. São Paulo: FTD, 1999. Adaptado.)


A respeito destas projeções cartográficas é correto afirmar que:
a) na projeção de Mercator, os meridianos e os paralelos são linhas retas, que se cortam em ângulos retos, provocando distorções mais acentuadas nas áreas continentais de baixas latitudes.
b) a de Peters é frequentemente apontada como uma projeção que expressa o poderio do Norte sobre o Sul, visto que superdimensiona as terras do Norte.
c) a de Peters é muito útil na navegação, pois respeita as distâncias e os ângulos, embora não faça o mesmo com o tamanho das superfícies.
d) a projeção de Mercator é, comumente, utilizada em cartas topográficas e, no Brasil, é adotada como base do sistema cartográfico nacional.
e) a projeção de Peters utiliza a técnica de anamorfose, o que explica o alongamento dos continentes no sentido Norte-Sul, mantendo a fidelidade à proporção de áreas.

13.  (PUCRJ) Observando-se a projeção cartográfica apresentada, conclui-se que:
a) o planeta Terra é uma esfera dividida somente por paralelos.
b) na latitude de 90° N, os meridianos se encontram no polo norte.
c) as representações latitudinais e longitudinais se encontram sempre a 0°.
d) há um maior distanciamento entre os paralelos nas faixas mais setentrionais da Terra.
e) a dimensão territorial dos EUA e do Canadá se deforma devido aos meridianos e paralelos.

14.  (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no mapa e afirmativas abaixo, relacionadas à percepção cartográfica.
I. Neste mapa aparece a porção meridional do Brasil e o Trópico de Câncer, localizado ao Sul do Equador.
II. A área menos deformada deste mapa é o Pólo Sul, pois é uma Projeção Azimutal Polar.
III. O mapa apresenta como ponto central o Pólo Norte, ficando em evidência o Círculo Polar Ártico.
IV. Todos os continentes nessa projeção estão ao norte do seu centro.
V. Entre os meridianos apresentados existem dois fusos horários.

A análise das afirmativas permite concluir que está correta a alternativa
a) I, II e III
b) I, III e V
c) II, IV e V
d) II e IV
e) III e V

15.  (PUC-RS) Responder à questão com base no mapa e nas afirmativas abaixo.
I. É uma projeção cilíndrica, caracterizando uma visão de mundo eurocêntrica, privilegiando a forma dos continentes.
II. Publicada pela primeira vez em 1973, pelo historiador alemão Arno Peters, indica uma projeção cilíndrica equivalente.
III. Pretende demonstrar uma visão geopolítica dos países subdesenvolvidos, pois enfatiza o ponto de vista do Sul, apesar de comprometer a forma dos continentes.
IV. É um mapa equivocado, pois o Norte está “embaixo” e o Sul “em cima”.
V. Foi idealizada no século XVI, pelo belga Mercator, e se caracteriza por ser uma projeção conforme, sendo muito utilizada nas Grandes Navegações.
A análise das afirmativas, relacionadas ao mapa, permite concluir que está correta a alternativa:
a) I, II e III
b) I, III e V
c) I e V
d) II, III e IV
e) II e III

16.  (PUC-MG) Analisando o planisfério abaixo, todas as afirmativas podem ser constatadas nele, EXCETO:
a) apresenta os paralelos retos e horizontais e o meridiano reto e vertical.
b) o planisfério resultou de uma projeção cônica.
c) as áreas de altas latitudes estão incorretas quanto a áreas e distâncias.
d) as latitudes extremas do hemisfério meridional deixaram de ser mostradas.
e) a Antártida foi parcialmente cortada.

17.   (FUVEST) A partir de seus conhecimentos sobre projeções cartográficas e analisando a que foi utilizada no mapa a seguir, você pode inferir que se trata da projeção
a) de Mercator, adequada para estabelecer a direção das rotas comerciais marítimas.
b) polar, adequada para representações geoestratégicas e geopolíticas.
c) de Peters, adequada para representar a área dos continentes, sem deformações.
d) cilíndrica, adequada para a representação centrada nas regiões polares.
e) cônica, adequada para representar as regiões de latitudes médias.

18.(UNESP) Compare o mapa que representa os maiores países do mundo em área com o mapa Anamórfico da população absoluta de cada país.
Área

População Absoluta

A partir da comparação, pode-se afirmar que os principais países que possuem as menores densidades demográficas são:
a) Rússia, Canadá e Austrália.
b) China, Índia e Canadá.
c) Estados Unidos, China e Austrália.
d) Argentina, Brasil e Índia.
e) Estados Unidos, Índia e Brasil.
19.  (UNICAMP) O sistema de projeção do mapa a seguir foi criado por Mercator em 1569 com o objetivo de facilitar as navegações marítimas. OBSERVE O MAPA E FAÇA O QUE SE PEDE:
Adaptado de Igor Moreira, "O Espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil", São Paulo: Editora Ática, 2002, p. 446.
a) Segundo a projeção de Mercator, em quais porções da Terra representadas no mapa não ocorre distorção e onde a distorção é mais acentuada?
b) A projeção de Mercator é um exemplo do grande desenvolvimento da cartografia no século XVI. A que contexto histórico e econômico está associado esse desenvolvimento da cartografia?
c) O mapa indica três possibilidades de rotas marítimas entre as cidades de Montevidéu (Uruguai) e Cidade do Cabo (África do Sul). Identifique qual das três rotas é a menor. Justifique sua resposta.

20.   (COLUNI-2011) Observe as informações sobre as estações do metrô do Rio de Janeiro:
(Disponível em: http://www.metrorio.com.br/mapa_estacoes.htm. Acesso em: 20 ago. 2010.)

Considerando que as estações que possuem acessibilidade estão representadas pelo desenho de um
cadeirante, responda:
a) Pode-se afirmar que a acessibilidade é uma prática do planejamento do transporte? Justifique.
b) A ilustração usada na informação do metrô pode ser considerada um mapa? Justifique.


GABARITO

Atividade Extra
1. B     2. E     3. C     4. D     5. C     6. B     7. C     8. D     9. C     10. D     11. D     12. D     13. B     14. C     15. E     16. B     17. B   18. A

19. a) Na projeção de Mercator, as menores distorções ocorrem próximas ao Equador, e as maiores distorções, nas áreas próximas do polo.
b) Ao desenvolvimento das navegações, quando das descobertas de novas áreas, ao surgimento de colônias e à crescente circulação de mercadorias que demandavam mapas melhores e mais precisos, e exigiram novas técnicas de orientação, mais precisas, por isso os mapas e cartas teriam de ser mais corretos e detalhados.
c) Trata-se da rota C. A projeção de Mercator é cilíndrica, e o globo projetado no cilindro tende a distorcer as áreas polares e a esconder o fato de que a Terra foi aberta em "gomos" esticados no sentido leste-oeste. Na rota C, num globo verdadeiro, com o "gomo" diminuído ("encolhido"), a distância é a menor.

20. a) A acessibilidade não é uma prática de planejamento nas estações do metrô carioca, pois o número de estações acessíveis a pessoas com necessidades especiais não chega a 1/3 do número de estações, o adequado seria ter em todas. Também algumas estações com acessibilidade se localizam muito irregulares perante a linha férrea.
b) Pode ser considerado um mapa sim, é um mapa temático que salienta as informações adequadas e condizentes com o que o mapa quer passar ao seu leitor, que é as estações e suas adequações a pessoas com problemas físicos, ou seja, um mapa para um fim específico sem necessidade de seguir todas as regras cartográficas.






































Nenhum comentário:

Postar um comentário