As projeções cartográficas são os processos geométricos
de representação do elipsoide terrestre no plano da carta ou do mapa. São as
diferentes formas de se traçar a rede de coordenadas geográficas, de paralelos
de latitude e meridianos de longitude, e a escala que se necessita usar em um
determinado tipo de mapa específico.
Várias formas de representação.
É lógico
pensar que se o planeta é representado como um elipsoide (uma esfera irregular
com achatamento nos polos), mas o colocamos como uma esfera perfeita da maneira
que vemos na representação demonstrada pelo globo, para facilidade de representação.
Pensando nisso, se o planeta é uma esfera, então transformar a sua
representação em um plano, como vemos em um mapa se torna consciente de que
haverá distorções na nova forma de apresentação, o mapa. Nesse
sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as
imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor científico à cartografia. No
entanto, nenhuma das projeções evitará a totalidade das deformações, elas irão
valorizar alguns aspectos da superfície representada e fazer com que essas
distorções sejam conhecidas.
São três as
formas de mapas:
I) Cilíndrica - o plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre.
Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o
cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o
qual será desenhado o mapa. As distorções ocorrem em menor proporção na
tangência do mapa, ou seja, onde o mapa toca o globo, e as maiores distorções
acontecem cada vez maiores quanto mais se aproxima dos polos.
II)
Plana ou Azimutal - a superfície terrestre é representada sobre um
plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os
meridianos, retos que se irradiam dos polos. As deformações aumentam com o
distanciamento do ponto de tangência. É utilizada principalmente, para
representar as regiões polares e na localização de países na posição central.
III)
Cônica - a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário
envolvendo a esfera terrestre. Os paralelos formam círculos concêntricos e os
meridianos são linhas retas convergentes para os polos. Nessa projeção, as
distorções aumentam conforme se afasta do paralelo de contato com o cone. A
projeção cônica é muito utilizada para representar partes da superfície terrestre.
Quando se
transfere para uma base plana, são três tipos de deformação que podem ocorrer,
e os mapas ganham uma nomeação característica segundo a deformação sofrida, e
as deformações que são mais evidentes são:
- Conformes – os ângulos das
coordenadas geográficas são mantidos idênticos (na esfera e no plano) com
ângulo de 90º entre todas as linhas que se cruzam, e as áreas representadas (continentes,
oceanos e ilhas) são deformadas neste tipo de projeção.
- Equivalentes – quando as
áreas apresentam-se idênticas, ou seja, com o mesmo desenho do real, e os
ângulos deformados.
- Equidistantes – quando em
algumas partes do mapa a escala se mantem correta, as distâncias proporcionais
ao real. Observam-se deformações no ângulo ou no tamanho da área ou na
distância (escala) do mapa.
Para se fazer
a projeção são usados como artifícios três superfícies de projeção diferentes.
Repare no desenho: temos uma Terra representada por uma esfera e depois,
encostamos um plano em qualquer parte dela, ou a envolvemos em um cone
ou em um cilindro.
PROJEÇÃO DE MERCATOR
Cilíndrica + Conforme (mantém o formato dos
continentes, mas distorce as áreas, principalmente em áreas mais próximas aos
polos).
A projeção
de Mercator foi criada pelo cartógrafo, geógrafo e matemático belga Gherard
Kremer (1512-1594), mais conhecido como Mercator, em 1569. Surgiu num momento
em que a expansão marítima européia já estava em andamento e boa parte do mundo
já era conhecida.
Para
facilitar a orientação, Mercator colocou os meridianos uns ao lado dos outros e
cortando os paralelos, sempre perpendicularmente. Ao colocar meridiano e paralelos
cruzando-se sempre em ângulo reto (conforme), ele permitiu que, com seu mapa e
uma bússola na mão, os navegadores pudessem se orientar pelos pontos cardeais e
colaterais.
Por que
Mercator colocou o norte na parte de cima de seu mapa e não mais o sul, como
faziam os cartógrafos árabes e italianos? Os europeus estavam conquistando territórios,
dominando e colonizando povos, logo, sentiam-se superiores. Esse sentimento de
superioridade é chamado de etnocentrismo (ao qual os mapas criados nesta época
por europeus tem intenção de representar a Europa na parte superior e no centro
do mundo).
Etnocentrismo
é a tendência que os povos têm de valorizar sua cultura e seu modo de vida,
tomando-os como medida de todos os demais. Assim, numa relação marcada pelo etnocentrismo,
o outro tende a ser visto como estranho, seus costumes, menosprezados. Isso
aconteceu na relação dos europeus com os povos americanos e africanos. Quando a
cultura européia foi imposta aos povos dominados, estes perderam sua identidade
cultural. Esse marco europeu passou então a ser chamado de Eurocentrismo (Ideias, Ciências, Economia, Costumes centrados na
Europa e dito como o padrão do ocidente).
PROJEÇÃO DE PETERS
Cilíndrica + Equivalente (mantém a proporção das áreas representadas,
mas altera as formas).
A projeção
dos dois mapas acima foi elaborada em 1952, pelo historiador alemão Arno
Peters. O primeiro é eurocêntrico, pois
a Europa está cartografada no centro e na parte superior. Porém, a segunda projeção
minimiza um pouco o eurocentrismo, ao manter a equivalência das áreas dos países
e continentes, essa projeção é também chamada de projeção equivalente.
Há certa
polêmica em torno dessa projeção, uma vez que, além de proposições técnicas,
ela também apresenta um cunho político, por ampliar as áreas dos países do sul,
cuja maioria dos países é subdesenvolvida, e diminuir as áreas dos países do
norte, de maioria desenvolvida. Além disso, nesse planisfério, a África é
colocada no centro do mapa, ao contrário da projeção de Mercator, em que a
Europa encontrava-se no centro. Frequentemente, essa projeção é alcunhada de
“terceiro-mundista”.
Sua proposta
não foi bem recebida pelos cartógrafos de sua época, que elaboraram três
críticas principais:
1ª - referia-se
à falta de cientificidade de sua obra, que abdicava de detalhes técnicos em
detrimento de opções políticas;
2ª - era referente às distorções de sua
projeção equivalente, que deixava os continentes mais “finos” no Equador e mais
“largos” nos polos, dificultando a localização e o deslocamento.
3ª – é a
mais séria crítica, refere-se ao fato de Peters ter supostamente plagiado a
verdadeira obra de um cartógrafo chamado de James Gall, pouco ou nada alterando
as suas concepções originais. Nesse caso, algumas citações desse mapa veem com
o título de “Gall-Peters”.
PROJEÇÃO CÔNICA
Um cone
imaginário em contato com a esfera é a base para a preparação do mapa. Os
meridianos formam linhas retas convergentes nos polos e os paralelos formam
círculos concêntricos. Baseia-se na representação somente de uma parte do globo
(Norte ou Sul), sendo impossível a representação completa dos 2 hemisférios. As
maiores distorções ocorrem nas partes extremas do mapa, já as áreas com menor
distorção são as partes do meio do mapa, ou onde o mapa toca o globo.
Essa projeção é
utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um
continente.
PROJEÇÃO AZIMUTAL OU
PLANA.
O mapa numa projeção plana é formado sobre um plano tangente a um ponto
qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa.
A projeção azimutal é usada, em geral, para representar as regiões
polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central,
tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da
superfície terrestre. Dessa forma, as distorções aumentam cada vez mais que se
distância do centro do mapa.
O emblema da ONU é uma projeção
azimutal, sendo a projeção mais conhecida deste tipo.
PROJEÇÃO
DE ROBINSON
É uma
projeção cilíndrica afilática (não
conserva a área, nem a forma e nem a distância), foi elaborada pelo cartógrafo
e geógrafo norte-americano Arthur Robinson (1915-2004) na década de 1960.
Sabemos que
todas as projeções cartográficas apresentam distorções, em razão do fato de
elas serem representações da esfera terrestre apresentadas em um plano. No caso
das projeções cilíndricas, essas elaborações são classificadas em dois tipos
principais: conformes e as equivalentes.
As projeções
semelhantes (conformes) procuram representar corretamente a forma dos
continentes, tendo como prejuízo a distorção de suas áreas, como no caso da
Projeção de Mercator. Por outro lado, as projeções equivalentes procuram conservar
as áreas, mas com a distorção de suas formas, como no caso da Projeção de
Peters. Esses dois exemplos foram explicados anteriormente.
A grande
vantagem da Projeção de Robinson é de ela se encontrar em um meio termo entre
esses dois tipos. Ela não preserva nem a forma e nem a correta área dos
continentes, por isso ela ser denominada como afilática. No entanto, ela
consegue minimizar as distorções que ocorrem nesses dois aspectos. Observe a
projeção, os seus meridianos são linhas curvas, em forma de elipse, que se
aproximam cada vez mais que se distancia do Equador.
Devido a
isso, ela é ideal para mapas que procuram representar a área da Terra como um
todo e, assim, é a projeção mais utilizada em mapas e atlas, sendo muito
conhecida também como o mapa-múndi da Terra.
PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE
A Projeção
de Mollweide é uma projeção cartográfica
elaborada no ano de 1805 pelo astrônomo e matemático alemão Karl Mollweide
(1774-1825), muito utilizada para a elaboração de mapas-múndi atualmente, o
matemático buscava uma forma de corrigir a Projeção de Mercator, uma vez que
essa era muito útil para navegações, porém pouco recomendada para análises
sobre os continentes por alterar as suas escalas.
A projeção
de Mollweide é uma projeção equivalente convencional (conserva o tamanho das
áreas, mas altera as suas formas), nesta projeção, a Terra inteira é
representada dentro de uma elipse. Paralelos de latitude são linhas retas paralelas
ao equador. O espaçamento dos paralelos ao lingo do meridiano central é
calculado para assegurar que todas as áreas no mapa sejam iguais as áreas
correspondentes, a distorção é mínima perto da interseção do Equador com o
meridiano central e aumenta na direção das extremidades do mapa.
PROJEÇÃO DE GOODE
A projeção
interrompida ou descontínua do geógrafo e cartógrafo norte-americano John Paul
Goode (1862-1932) é um tipo diferenciado de projeção idealizado pelo autor com
a finalidade principal de mostrar a equivalência das massas continentais e
oceânicas. Para tanto, os mapas que apresentam esse tipo de projeção trazem as
referidas massas interrompidas ou descontínuas.
Em razão de
seu aspecto, a projeção interrompida é comumente associada a cascas de laranja
em pedaços sobre uma área plana, uma vez que algumas partes ficam desconectadas
entre si, ficando impossível uni-las novamente quando colocadas em modo plano.
Em todas as
projeções, existem vantagens e desvantagens, vejamos algumas delas: as
vantagens dessa projeção, podemos citar, a sua utilização para a produção de
mapas temáticos concernentes a fenômenos estritamente terrestres, como a
distribuição de indústrias e a distribuição das grandes cidades pelo mundo; as
desvantagens estão a impossibilidade de se calcular distâncias
intercontinentais, representar áreas oceânicas e polares, bem como visualizar
toda a massa terrestre em conjunto.
A Projeção
Descontínua de Goode é, dessa forma, mais um exemplo de como as projeções
cartográficas devem ser diferentemente aproveitadas, adequando suas
características ao uso que delas será realizado, cabendo ao elaborador dos
mapas avaliar os critérios para realizar a melhor escolha possível.
EXTRA: os mapas mentiram para você a vida inteira.
Quer saber o motivo? Então acesse a seguinte página e descubra: http://hypescience.com/mapas-antigos/
MAPAS TEMÁTICOS.
Mapas temáticos são representações de informações
sob uma perspectiva geográfica, transformando o Espaço-Território em elemento
de análise espacial de dados a partir de uso de mapas, apresentando informações
extremamente especializadas (econômicos, políticos, físicos, sociais entre
outros).
Ao elaborar um mapa temático, os geógrafos e cartógrafos
têm que encontrar fontes de informações precisas e atualizadas para uma série
de fenômenos sociais e ambientais. É utilizada uma variedade de fontes para
melhor generalizar a característica ( o tema) que se deseja mostrar. Por exemplo,
para um mapa de densidade populacional, a cada 10 anos há um censo em dado
país. Os dados do novo censo serão disponibilizados para o público e será
possível, então, receber as novas informações e fazer novos mapas a partir
delas.
Vejamos 2 exemplos de mapas temáticos:
Mapa Político-Administrativo do Brasil, IBGE, 2013.
Mapa de Grau de Urbanização do Brasil em 1991, IBGE.
Um
exemplo de mapa temático é também o abaixo, onde demonstra em um só mapa, 4
tipos de temas que podem ser encontrados em um mapa: rodoviário, climático,
geomorfológico (relevo) e agrícola.
MAPA ANAMÓRFICO
Mapa Anamórfico
é um recurso para quem deseja passar uma informação específica sobre regiões
diferentes, geralmente utiliza-se o mundo.
Nesta
representação o mapa é distorcido de forma que o resultado final nos passe a
informação desejada. O traçado e tamanho dos países variam de acordo com os
dados ou valores que se usa para configurar a representação de um tema
específico: PIB, Saneamento Básico, Desigualdade Social, Devastação Ambiental e
outros. Para gerar este tipo de mapa, o mesmo critério usado em um país ou
região, deve também ser usado nas outras que se compara. Por exemplo, se quisermos
construir um mapa anamórfico que mostre os índices de PIB no mundo, utilizaremos
um mapa-mundi baseado não proporção territorial do país ou região, mas sim em
relação ao valor do PIB.
Mapa Anamórfico de PIB Mundial.
Mapa Anamórfico do
número de habitantes dos países da Europa.
ATIVIDADES
1. (UFPel
RS-2005) O cultivo da videira e a produção de vinho desenvolveram-se na terra
gaúcha desde a chegada dos imigrantes italianos, nas últimas décadas do século
XIX. A expansão atual do mercado para os vinhos gaúchos leva os seus produtores
a uma procura por inovações tecnológicas, com o objetivo de melhorar a qualidade
do seu produto e, assim, competir com os vinhos finos estrangeiros. O mapa a
seguir, adaptado de original elaborado pela geógrafa Ivanira Falcadi e pelo agrônomo
Jorge Tonietto, é um detalhado estudo da região onde são produzidos mais de
noventa por cento dos vinhos nacionais.
Com base nas informações
anteriores e em seus conhecimentos, é correto afirmar que:
a) a especialização vitivinícola substituiu a policultura,
principalmente em
Bento Gonçalves e Garibaldi, e aparece cartografada, com
escala 1: 100, no mapa topográfico acima, que mostra detalhes do relevo da
região.
b) a
figura acima é um mapa temático e um instrumento de "marketing", uma
vez que seleciona um tema de interesse do usuário, bem como divulga a região
vinícola da serra gaúcha.
c) o
mapa, pelo seu detalhamento, é a própria realidade da agroindústria vinícola
gaúcha, demonstrando a origem colonial da organização desse espaço regional.
d) o
mapa é uma representação gráfica global que utiliza uma linguagem visual e
simbólica para transmitir diversas informações, como a mudança funcional da
cidade de Caxias do Sul de pólo agrícola para pólo industrial.
e) a
função temática e topógrafa do mapa adaptado, que utiliza uma escala pequena,
apresenta informações que configuram a expansão do mercado de vinhos da Serra
Gaúcha.
2. (PUC RS-2005) Considere o mapa e as
afirmativas.
I. Cartograficamente, o mapa
demonstra uma forma equivocada de ver o mundo, pois a localização do Brasil
junto ao Trópico de Câncer não condiz com a realidade demonstrada pelo globo
terrestre.
II. Geopoliticamente, é um
mapa verdadeiro, pois quer representar a inversão de valores cartográficos, já que
o Brasil, ficando no Hemisfério Norte da Terra, juntamente com outros países
pobres, transmitirá a impressão de deter o poder sócio-político.
III. Com o Brasil no centro da
representação, o mapa questiona o eurocentrismo e valoriza a percepção de um
observador brasileiro perante a imagem do globo.
IV.
Mesmo
com essa representação, a Antártica continua localizada ao Sul de todos os
outros continentes.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que somente estão corretas:
a) I e
II
b) II e
III
c) I,
II e IV
d) I,
III e IV
e) III
e IV
3.
Observe com atenção o mapa a seguir.
O planisfério foi elaborado cartograficamente por meio da Projeção de
Gall-Peters, concebida inicialmente por James Gall no final do século XIX e retomada
por Arno Peters a partir da metade do século seguinte, cujo contexto
político-econômico, fortemente o influenciou para o desenvolvimento desse mapa.
Assinale a alternativa cuja característica corresponde ao mapa de
Gall-Peters:
a) Corresponde a uma projeção do tipo cônica, que distorce as áreas
situadas nas baixas latitudes e torna mais fiel a representação das regiões de
média e elevada latitudes.
b) Peters, que retomou a elaboração dessa projeção durante o período da
“Guerra Fria”, procurou ressaltar no mapa, a partir da representação das dimensões
das áreas, a superioridade dos Estados Unidos sobre as demais porções do globo.
c) Trata-se de uma projeção equivalente que objetiva representar um
retrato mais ou menos fiel do tamanho das áreas, o que faz a África e a América
do Sul ganharem mais destaque do que quando representadas na Projeção de
Mercator.
d) É uma projeção, cuja principal qualidade está no respeito às formas
dos continentes, procurando representá-las com fidelidade, ao contrário das
áreas que são mostradas de maneira desigual, sendo maiores próximas aos polos e
reduzidas na faixa intertropical.
4. (Unifesp – 2003) Observe o mapa, centrado num
ponto do Brasil, que pode ser empregado para uma avaliação estratégica do país
no mundo.
(M. E. Simielli, " Geoatlas". 1991)
Esse mapa foi desenhado
segundo a projeção
a) de
Mercator.
b) cônica
eqüidistante.
c) de
Peters.
d) azimutal.
e) de
Mollweide.
5. (CFTMG) No mapa obtido dessa projeção
cartográfica,
a) as regiões polares
apresentam pequenas distorções.
b) o Círculo Polar Ártico
mantém as dimensões inalteradas.
c) os paralelos e os
meridianos cruzam-se, formando ângulos retos.
d) a área em destaque tem
forma e tamanho idênticos aos da sua origem no globo.
6. (PUC-PR) Observe as representações do continente
africano, realizadas por meio das projeções de Mercator e de Peters.
(Adaptado de Oswald Freyer - Eimbeke, p. 40)
ASSINALE a alternativa CORRETA:
a) Na projeção de Peters, as distâncias entre
os paralelos crescem à medida que se afastam do Equador, gerando um aumento
exagerado das áreas localizadas próximas aos pólos.
b) A projeção de Mercator não se presta para a
comparação de superfícies ou para medir distâncias, uma vez que foi criada para
atender às necessidades de navegação do século XVI.
c) Tanto a projeção de Mercator como a de
Peters falseiam a superfície dos continentes, seja pela deformação latitudinal (Mercator)
ou pela deformação longitudinal (Peters).
d) Por situar a África no centro, a projeção
de Peters torna a África maior do que de fato ela é, se comparada aos demais
continentes.
e) Os mapas de Peters e de Mercator, por se
tratarem de projeções cilíndricas, não causam nenhuma deformação na
representação de qualquer região do globo terrestre em um plano.
7. (UFES) As figuras a seguir mostram o mundo
representado em projeções cartográficas diferentes.
Analisadas as figuras
acima, é CORRETO afirmar que:
a) ambas as projeções são
cilíndricas, sendo que a de Mercator é equivalente e a de Peters é conforme.
b) a projeção de Mercator
conserva as áreas dos continentes e, por esse motivo, é chamada de eurocêntrica.
c) a projeção de Mercator
é conforme, ou seja, conserva as formas dos continentes e é a mais adequada
para a navegação marítima.
d) a projeção de Peters é
a mais adequada para a representação dos países do Terceiro Mundo, pois mantém
as formas em proporção correta.
e) a projeção de Peters é
eqüidistante, ou seja, mantém a proporcionalidade real nas medidas de
distâncias e ângulos.
8. (UFRN) As figuras a seguir foram construídas
utilizando a projeção do tipo azimutal equidistante.
SENE, E. de; MOREIRA, J.
C. "Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização".
São Paulo: Scipione, 2003. p. 446.
Sobre esse tipo de
projeção, PODEMOS AFIRMAR QUE:
a) representa as áreas de
latitudes médias e a conservação das formas e dos ângulos continentais.
b) mostra um mundo igual
para as pessoas e as nações, apresentando, pois, um conteúdo político e social.
c) conserva as formas das
massas e a proporcionalidade dos diversos continentes.
d) representa distâncias
e direções exatas a partir de um centro, revelando, dessa forma, um conteúdo
geopolítico.
9. (FUVEST-2010) Sempre deixamos marcas no meio
ambiente. Para medir
essas marcas, William Rees propôs um(a) indicador/estimativa chamado(a) de
”Pegada Ecológica”. Segundo a Organização WWF, esse índice calcula a superfície
exigida para sustentar um gênero de vida específico. Mostra até que ponto a
nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer e
renovar seus recursos naturais e também de absorver os resíduos que geramos.
Assim, por exemplo, países de alto consumo e grande produção de lixo, bem como
países mais industrializados e com alta emissão de CO2, apresentam maior Pegada
Ecológica.
www.wwf.org.br. Acessado
em 17/08/09. Adaptado.
Assinale a anamorfose que
melhor representa a atual Pegada Ecológica dos diferentes países.
Nota — Considere apenas
os tamanhos e as deformações dos países, que são proporcionais à informação
representada.
Fontes:
www.worldmapper.org. Acessado em 17/08/2009. Le Monde Diplomatique, 2009.
a)
b)
c)
d)
e)
10. (UFPR-2001-Modificada) "A cartografia
pode ser entendida como uma disciplina que abrange o desenvolvimento científico
e a melhoria de técnicas usadas na comunicação dos dados relacionados espacialmente."
(SMALL, J.; WITHERICK, M.
Dicionário de geografia. Lisboa : Dom Quixote, 1992.)
Sobre o tema, é incorreto
afirmar:
a)
O bom uso da linguagem cartográfica compreende
a capacidade de entendimento dos símbolos utilizados na representação dos
fenômenos geográficos.
b)
A indicação da escala
utilizada é indispensável para a leitura adequada de produtos cartográficos.
c)
O traçado de curvas de
nível, ou isoípsas, é um dos recursos cartográficos utilizados para representar
o relevo terrestre.
d)
Na projeção cartográfica
de Mercator, a superfície terrestre é representada sobre um cone imaginário.
e)
Quanto maior a escala de
uma representação
cartográfica, maiores e mais
visíveis serão os detalhes de cada fenômeno representado.
11. (UFSCar-2009)
A figura é uma proposta de representação cartográfica, defendida pelo administrador
de empresas Stephen Kanitz.
Pode-se afirmar que ela
se fundamenta numa projeção cartográfica:
a) viável, pois embora
invertida, não incorre em deformações na representação da superfície da Terra.
b) impossível, pois omite
as nações mais ricas do globo, que detêm o poder político, econômico e militar.
c) correta, pois se
utiliza da projeção cilíndrica de Peters para dar ênfase ao hemisfério
meridional.
d) possível, mostrando
que a escolha dos referenciais cartográficos tem componentes
político-ideológicos.
e) incorreta, pois não
respeita as normas básicas da projeção de Mercator, a mais correta das projeções.
12. (VUNESP-2010)
Observe os mapas.
(Regina Vasconcelos, Ailton P. Alves Filho. Novo
Atlas
Geográfico. São Paulo: FTD, 1999. Adaptado.)
A respeito destas
projeções cartográficas é correto afirmar que:
a) na projeção de
Mercator, os meridianos e os paralelos são linhas retas, que se cortam em
ângulos retos, provocando distorções mais acentuadas nas áreas continentais de
baixas latitudes.
b) a de Peters é
frequentemente apontada como uma projeção que expressa o poderio do Norte sobre
o Sul, visto que superdimensiona as terras do Norte.
c) a de Peters é muito
útil na navegação, pois respeita as distâncias e os ângulos, embora não faça o
mesmo com o tamanho das superfícies.
d) a projeção de Mercator
é, comumente, utilizada em cartas topográficas e, no Brasil, é adotada como base
do sistema cartográfico nacional.
e) a projeção de Peters
utiliza a técnica de anamorfose, o que explica o alongamento dos continentes no
sentido Norte-Sul, mantendo a fidelidade à proporção de áreas.
13. (PUCRJ) Observando-se a projeção cartográfica
apresentada, conclui-se que:
a) o planeta Terra é uma
esfera dividida somente por paralelos.
b) na latitude de 90° N,
os meridianos se encontram no polo norte.
c) as representações
latitudinais e longitudinais se encontram sempre a 0°.
d) há um maior
distanciamento entre os paralelos nas faixas mais setentrionais da Terra.
e) a dimensão territorial
dos EUA e do Canadá se deforma devido aos meridianos e paralelos.
14. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Responder à questão com
base no mapa e afirmativas abaixo, relacionadas à percepção cartográfica.
I. Neste mapa aparece a
porção meridional do Brasil e o Trópico de Câncer, localizado ao Sul do
Equador.
II. A área menos
deformada deste mapa é o Pólo Sul, pois é uma Projeção Azimutal Polar.
III. O mapa apresenta
como ponto central o Pólo Norte, ficando em evidência o Círculo Polar Ártico.
IV. Todos os continentes
nessa projeção estão ao norte do seu centro.
V. Entre os meridianos
apresentados existem dois fusos horários.
A análise das afirmativas
permite concluir que está correta a alternativa
a) I, II e III
b) I, III e V
c) II, IV e V
d) II e IV
e) III e V
15. (PUC-RS) Responder à questão com base no mapa
e nas afirmativas abaixo.
I. É uma projeção
cilíndrica, caracterizando uma visão de mundo eurocêntrica, privilegiando a
forma dos continentes.
II. Publicada pela
primeira vez em 1973, pelo historiador alemão Arno Peters, indica uma projeção
cilíndrica equivalente.
III. Pretende demonstrar
uma visão geopolítica dos países subdesenvolvidos, pois enfatiza o ponto de
vista do Sul, apesar de comprometer a forma dos continentes.
IV. É um mapa equivocado,
pois o Norte está “embaixo” e o Sul “em cima”.
V. Foi idealizada no
século XVI, pelo belga Mercator, e se caracteriza por ser uma projeção conforme,
sendo muito utilizada nas Grandes Navegações.
A análise das
afirmativas, relacionadas ao mapa, permite concluir que está correta a
alternativa:
a) I, II e III
b) I, III e V
c) I e V
d) II, III e IV
e) II e III
16. (PUC-MG) Analisando o planisfério abaixo, todas
as afirmativas podem ser constatadas nele, EXCETO:
a) apresenta os paralelos
retos e horizontais e o meridiano reto e vertical.
b) o planisfério resultou
de uma projeção cônica.
c) as áreas de altas
latitudes estão incorretas quanto a áreas e distâncias.
d) as latitudes extremas
do hemisfério meridional deixaram de ser mostradas.
e) a Antártida foi
parcialmente cortada.
17. (FUVEST)
A partir de seus conhecimentos sobre projeções cartográficas e analisando a que
foi utilizada no mapa a seguir, você pode inferir que se trata da projeção
a) de Mercator, adequada
para estabelecer a direção das rotas comerciais marítimas.
b) polar, adequada para
representações geoestratégicas e geopolíticas.
c) de Peters, adequada
para representar a área dos continentes, sem deformações.
d) cilíndrica, adequada
para a representação centrada nas regiões polares.
e) cônica, adequada para
representar as regiões de latitudes médias.
18.. (UNESP) Compare o mapa que representa os maiores países do mundo em área com o mapa Anamórfico da população absoluta de cada país.
Área
População Absoluta
A partir da comparação, pode-se afirmar que os principais países que possuem as menores densidades demográficas são:
a) Rússia, Canadá e Austrália.
b) China, Índia e Canadá.
c) Estados Unidos, China e Austrália.
d) Argentina, Brasil e Índia.
e) Estados Unidos, Índia e Brasil.
19. (UNICAMP) O sistema de projeção do mapa a
seguir foi criado por Mercator em 1569 com o objetivo de facilitar as
navegações marítimas. OBSERVE O MAPA E FAÇA O QUE SE PEDE:
Adaptado de Igor Moreira, "O Espaço Geográfico: Geografia Geral e do
Brasil", São Paulo: Editora Ática, 2002, p. 446.
a) Segundo a projeção de
Mercator, em quais porções da Terra representadas no mapa não ocorre distorção
e onde a distorção é mais acentuada?
b) A projeção de Mercator
é um exemplo do grande desenvolvimento da cartografia no século XVI. A que
contexto histórico e econômico está associado esse desenvolvimento da
cartografia?
c) O mapa indica três
possibilidades de rotas marítimas entre as cidades de Montevidéu (Uruguai) e
Cidade do Cabo (África do Sul). Identifique qual das três rotas é a menor.
Justifique sua resposta.
20. (COLUNI-2011) Observe as informações
sobre as estações do metrô do Rio de Janeiro:
(Disponível em:
http://www.metrorio.com.br/mapa_estacoes.htm. Acesso em: 20 ago. 2010.)
Considerando que as estações que possuem
acessibilidade estão representadas pelo desenho de um
cadeirante, responda:
a) Pode-se afirmar que a acessibilidade
é uma prática do planejamento do transporte? Justifique.
b) A ilustração usada na informação do
metrô pode ser considerada um mapa? Justifique.
GABARITO
Atividade
Extra
1.
B 2. E 3. C
4. D 5. C 6. B
7. C 8. D 9. C
10. D 11. D 12. D
13. B 14. C 15. E
16. B 17. B 18. A
19.
a) Na projeção de Mercator, as menores distorções ocorrem próximas ao Equador,
e as maiores distorções, nas áreas próximas do polo.
b)
Ao desenvolvimento das navegações, quando das descobertas de novas áreas, ao
surgimento de colônias e à crescente circulação de mercadorias que demandavam mapas
melhores e mais precisos, e exigiram novas técnicas de orientação, mais
precisas, por isso os mapas e cartas teriam de ser mais corretos e detalhados.
c)
Trata-se da rota C. A projeção de Mercator é cilíndrica, e o globo projetado no
cilindro tende a distorcer as áreas polares e a esconder o fato de que a Terra
foi aberta em "gomos" esticados no sentido leste-oeste. Na rota C,
num globo verdadeiro, com o "gomo" diminuído ("encolhido"),
a distância é a menor.
20. a) A
acessibilidade não é uma prática de planejamento nas estações do metrô carioca,
pois o número de estações acessíveis a pessoas com necessidades especiais não
chega a 1/3 do número de estações, o adequado seria ter em todas. Também
algumas estações com acessibilidade se localizam muito irregulares perante a
linha férrea.
b) Pode ser
considerado um mapa sim, é um mapa temático que salienta as informações
adequadas e condizentes com o que o mapa quer passar ao seu leitor, que é as
estações e suas adequações a pessoas com problemas físicos, ou seja, um mapa
para um fim específico sem necessidade de seguir todas as regras cartográficas.
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