quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Impactos Antrópicos Em Meio Cárstico


*Parte escrita de um trabalho realizado pela disciplina GEO-430 (Geomorfologia Climática e Estrutural) no meu 4º período da graduação, em outubro de 2011.

As rochas provenientes em meio cárstico são formas resultadas da decomposição química (quartzitos, mármores, calcários etc.), sendo mais eficaz essa decomposição em umas do que em outras, variando muito em relação aos fatores que auxiliam a decomposição: temperatura, umidade, mineral componentes e o mais importante hoje, a influência antrópica.
Parque Estadual do Sumidouro, Pedro Leopoldo e Lagoa Santa no estado de Minas Gerais. 

Os principais impactos antrópicos no carste são causados pela ocupação das cavernas, desflorestamento, uso agrícola, exploração de água, mineração, urbanização, industrialização, turismo e recreação. As cavernas, nas demais formas de recreação dentro delas, são bastante modificadas pelo homem devido a depredações por estes, ou mesmo de uma forma indireta, por meio do calor advindo do corpo e também da disposição de gás carbônico oferecida pela respiração, o que adiciona mais gás carbônico nesse ambiente que tem uma circulação de ar na maioria dos casos muito lento. A floresta originaria destes locais tem uma importante função que é de promover a evapotranspiração e a manutenção da biota localizada, o que ocorre a partir da modificação dessas funções é o empobrecimento ecológico e da recarga mineral proveniente da decomposição de matéria orgânica. O uso agrícola, em função da utilização de agrotóxicos provém da contaminação de aqüíferos nos ambientes cársticos, pois a água em geral não infiltra por meio de porosidade, mas sim por condutos espacialmente abertos ou mesmo da própria retirada de cobertura natural pra implantação da agricultura ou mesmo da retirada de água subterrânea para irrigação, o que pode gerar um déficit hídrico no ambiente ou mesmo o equilíbrio que a água exercia com o peso proveniente da rocha adjacente, ocasionando um abatimento devido ao alivio subjacente ao solo/rocha. A mineração que é a retirada de material proveniente do local para outro, gera a detonação do ambiente numa velocidade extremamente rápida, tirando do local a rocha e minerais com viés econômico e ocasionando um desequilíbrio isostático entre o ambiente e os seus vizinhos, isso relacionado à complexidade de relações entre os ambientes. A urbanização gera várias influências no meio cárstico como: poluição advindo de esgoto, poluição de rios, mesmos que esses estejam sendo contaminada por cidades que não se encontram localizada nos ambiente cársticos a sua poluição se torna bastante problemática no momento em que o rio, no caso de se dirigir ao ambiente relacionado, promoverá a poluição deste, pois é de característica desse ambiente que os rios se tornem internos ao solo; o perímetro urbano também pode ser bastante influente nestes locais quando os ocupam, pois exercem sobre o relevo cárstico um peso externo e fora do equilíbrio natural, podendo forçar o abatimento e gerar vários danos ao homem, ocasionados não pelo relevo, mas sim pela falta de informação e planejamento do local, o que começou a ser feito no Brasil somente a partir da década de 1980.

Devido a sua característica de ser facilmente danificado pela ação humana, direta ou indiretamente, é de bastante interesse, pelo menos a partir do final do século XX, o estudo do relevo cárstico pelo homem, pois grandes cidades ocupam essas áreas, como por exemplo, a cidade de Belo Horizonte – MG.

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