*Resposta a uma pergunta de um trabalho feito pela disciplina GEO-250 (Biogeografia), no meu 3º período da graduação.
O
termo fragmentação significa “a quebra do habitat ou do tipo do tipo de
cobertura em parcelas menores e desconectadas”, assim, pelo processo histórico
de ocupação do território brasileiro é notório pensar que ocorreu e continuará
a acontecer a fragmentação de várias formações vegetais a partir de interesses
e perspectivas dos demais atores sobre forma de ocupação dessas áreas.
O primeiro bioma a sofrer a fragmentação
(fragmentação, não ocupação) foi o da Mata Atlântica na sua parte de vegetação
de floresta tropical atlântica, onde se inseriu as monoculturas de
cana-de-açúcar e outras plantações de menor virtude econômica. A construção de
vilas e posteriores cidades também gerou fragmentações. Mas se o processo foi
de implantação de monocultura de cana-de-açúcar, então, porque ainda sobram
resquícios dessa vegetação? A implantação de monocultura depende
(principalmente naquela época) do meio onde ela seria introduzida e das
técnicas para plantio, no caso de ocupação com viés a moradia, as vilas, alguns
locais ou regiões não eram apropriadas para uma das maneiras de ocupação,
sobraram então, formações vegetais fragmentadas.
Posteriormente
a ocupação da vegetação de floresta tropical atlântica se inseriu a ocupação da
floresta estacional, onde foram implantados vários processos que fragmentaram
essa vegetação. Desde a criação de várias vilas e posteriormente cidades de
maior porte como as capitais nordestinas, e São Paulo e Rio de Janeiro. Essas
regiões passaram a serem ocupadas por variadas formas de uso dos locais,
destinando-se a mineração, a agricultura (grandes agriculturas como a do café),
a indústria e outros tantos meios. Com o aumento da produção
agrícola-exportadora do Brasil, a ocupação de regiões, tanto por esse motivo e
pelo aumento da população, hoje o que é que sobra é somente apenas 7% do bioma
da Mata Atlântica.
A
ocupação mais ao sul das vegetações de formações herbáceas (campos) e das
florestas pluviais subtropicais, que pertencem respectivamente aos biomas do
Pampa e da Mata Atlântica estão relacionados devidamente a ocupação de colônias
de alemães, italianos e outros tantos povos de origem européia que migraram
durante o fim do século XIX e meados do século seguinte, formando nessas
regiões várias colônias que implantaram diferentes formas de ocupação sobre as
formações vegetais, onde claramente sobraram resquícios fragmentados das
florestas nativas.
Na
região centro-oeste, onde está situado na maior parte do seu território o bioma
do Cerrado com suas formações de vegetação herbácea, floresta estacional e
principalmente a do cerrado e cerradão, é onde se formou as grandes
monoculturas de soja, trigo e outras culturas. As grandes agroindústrias são as
que proporcionaram a ocupação desse bioma com a expansão agrícola ao qual
formou o chamado cinturão verde em torno do bioma da Amazônia, onde a expansão
agrícola se direciona.
A
ocupação e fragmentação das formações vegetais se detêm as possibilidades de se
apropriar das demais áreas em virtude de um viés economicista e social por onde
se vale a pena usufruir, ou que não se tornou área protegida por lei, onde
essas áreas se tornaram pequenos fragmentos em relação ao tamanho que tinham anteriormente
a ocupação.
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