domingo, 17 de setembro de 2017

Domínios Morfoclimáticos do Brasil


O Brasil, país tropical de grande extensão territorial, apresenta uma dinâmica geográfica marcada por rica diversidade. A interação e a interdependência entre os diversos elementos físico-naturais da paisagem (clima, relevo, solo, vegetação, hidrografia e vegetação) explicam a existência dos chamados domínios morfoclimáticos (ou geoecológicos), que podem ser entendidos como uma combinação dos diversos elementos da natureza, individualizando uma determinada porção do território.
Aziz Nacib Ab’Sáber, pensando na relação entre esses elementos naturais, no Brasil, classificou na década de 1960 a existência de seis grandes paisagens naturais, os chamados Domínios Morfoclimáticos: Domínio Amazônico, Domínio dos Cerrados, Domínio das Caatingas, Domínio dos Mares de Morros, Domínio das Araucárias e Domínio das Pradarias.
Em contato entre estes grandes domínios acima relacionados, encontram-se inúmeras faixas de transição, que apresentam elementos típicos de dois ou mais deles (Pantanal, Agreste, Mata de Cocais, entre outros).
Dos elementos naturais, os que mais influenciam na formação de uma paisagem natural são o clima e o relevo, como são demonstrados no tópico de Geomorfologia, eles interferem e condicionam os demais elementos, embora sejam também por eles influenciados. A cobertura vegetal, que mais marca o aspecto visual de cada paisagem, é o elemento natural mais frágil e dependente dos demais (síntese da paisagem).

Ø Elementos Naturais que Compõem os Domínios Morfoclimáticos
*    Clima
O País apresenta predomínio de climas quentes ou macrotérmicos e chuvosos, devido à sua localização intertropical, apresentando grande porção de terras na Zona Tropical e Equatorial e pequena porção na Zona Temperada (Subtropical) do Sul.
É fundamental perceber que a diversidade climática (áreas de diferentes aspectos quanto à pluviosidade e a temperatura) do País é positiva para a agropecuária e é explicada por vários fatores, destacando-se a latitude, a continetalidade/maritimidade e a atuação das massas de ar (frias/quentes e secas/úmidas).
*    Relevo
O relevo brasileiro é de formação antiga - pré-cambriana (mais de 542 milhões de anos) -, sendo erodido e, portanto, aplainado. Apresenta o predomínio de planaltos, terrenos sedimentares e certas áreas com subsolo rico em recursos minerais. Outro aspecto importante consiste na ausência de vulcanismo ativo e fortes abalos sísmicos, fatos explicados pela distância em relação à divisa ou encontro das placas tectônicas, pois o país se encontra no interior da placa Sul-americana, somado à idade antiga do território.
*    Solos
O Brasil possui uma rica diversidade de ambientes pedológicos (solos), ao qual, para o país, são classificados 13 diferentes ordens (tipos) de solos, cada ordem ainda é dividida em outros: subordem, classes, entre outros. Sendo o solo um componente da paisagem advindo dos fatores naturais: material de origem (rocha), clima, organismos vivos, relevo e tempo.
*    Hidrografia
O Brasil possui 9 grandes regiões hidrográficas, como apresentadas no tópico de Hidrosfera, de grande diversidade. Alguns Domínios Morfoclimáticos possuem 2 ou mais dessas regiões hidrográficas.
*    Vegetação
O Brasil possui também enorme diversidade de ambientes fitogeográficos (vegetação), composto genericamente por 6 grandes regiões fitogeográficas: Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Mata de Araucárias e Pradarias.
Ø  O DOMÍNIO AMAZÔNICO
Floresta Ombrófila Densa – Floresta Amazônica
Fonte: klebercaverna.blogspot.com

Relevo
O Domínio Morfoclimático Amazônico apresenta um relevo formado essencialmente por depressões, originando os baixos planaltos e planícies. Apenas nos extremos norte e sul desse domínio, é que ocorrem maiores altitudes, surgindo os planaltos das Guianas ao norte e o planalto Central Brasileiro ao sul. Estes planaltos são as áreas mais elevadas do domínio Amazônico, onde as áreas mais elevadas estão junto à divisa com a Venezuela – Pico da Neblina -, e os planaltos das Guianas e Central.
A maior parte do Domínio Amazônico apresenta um relevo caracterizado por terras baixas. As verdadeiras planícies (onde predomina a acumulação de sedimentos) ocorrem somente ao longo de alguns trechos de rios regionais; os baixos planaltos (ou platôs), também de origem sedimentar, mas em processo de erosão, apresentam a principal e mais abrangente forma de relevo da Amazônia.
Clima
A Amazônia apresenta o predomínio do Clima Equatorial. Trata-se de um clima quente e úmido. Região de baixa latitude que apresenta médias térmicas mensais elevadas que variam de 24 °C a 27 °C.
A amplitude térmica anual, isto é, as diferenças de temperaturas entre as médias dos meses mais quentes e mais frios, é baixa (oscilações inferiores a 2 °C); os índices pluviométricos são extremamente elevados, de 1500 a 3000 mm anuais, chegando a atingir mais de 3000 mm; o período de estiagens é bastante curto em algumas áreas. A região é marcada por chuvas o ano todo.
Hidrografia
A hidrografia amazônica é riquíssima, representada quase que totalmente pela bacia amazônica. O rio principal, Amazonas, é um enorme coletor das chuvas abundantes na região (clima Equatorial); seus afluentes provêm tanto do Norte (margem esquerda), como o Negro, Jari, Japurá, quanto do Sul (margem direita), como o Juruá, Purus, Madeira, Xingu.
O rio Amazonas (e alguns trechos de seus afluentes) é altamente favorável à navegação, por se rios de planície, sem acidente geográfico. Por outro lado, o potencial hidráulico dessa bacia é atualmente considerado, sendo o mais elevado do Brasil, localizado, sobretudo nos afluentes da margem direita que formam grande número de quedas e cachoeiras nas áreas de contatos entre o planalto Central Brasileiro e as terras baixas amazônicas.
Solos
O Domínio Amazônico apresenta, em geral, solos de baixa fertilidade. Apenas em algumas áreas ocorrem solos de maior fertilidade natural, como os solos de várzeas em alguns trechos dos rios regionais e a terra preta, solo orgânico bastante fértil (pequenas manchas).
Vegetação
A floresta amazônica, principal elemento natural do Domínio Amazônico, abrangia quase 40% da área do País. A vegetação amazônica é caracterizada pelas seguintes características: perene (folhas o ano inteiro), latifoliada (folhas grandes), heterogênea (diversidade de espécies) e higrófila (vegetação adaptada a bastante umidade).

Fonte: http://interna.coceducacao.com.br/ 1
1 - Mata de Igapó - ou Caaigapó, localizada ao longo dos rios nas planícies permanentemente inundadas. São espécies do Igapó a vitória-régia, piaçava, açaí, cururu.
2 - Mata de Várzea: localizada nas proximidades dos rios, parte da floresta que sofre inundações periódicas. Como principais espécies têm a seringueira, sumaúma e copaíba.
3 - Mata de Terra Firme: ou Caaetê, parte da floresta de maior extensão localizada nas áreas mais elevadas (baixos planaltos), que nunca são atingidas pelas enchentes. Além de apresentar a maior variedade de espécies, possui as árvores de maior porte. São espécies vegetais da castanheira e mogno.

Ø  DOMÍNIO DOS CERRADOS
Parque Estadual do Juquery - Campo Cerrado
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O cerrado é um domínio característico da parte central brasileira, apresentando terrenos cristalinos (as chamadas “serras”) e sedimentares (chapadas), com solos muito precários, ácidos, muito porosos, altamente lixiviados e intemperizados.
A expansão contínua da agricultura e da pecuária moderna exige o uso de corretivos com calagens e nutrientes, que é a fertilização artificial do solo. A região tem sido devastada nas últimas décadas pela agricultura comercial intensiva de policultura, principalmente a soja.
Relevo
A principal unidade geomorfológica do Cerrado é o planalto Central, bastante desgastado pelos processos erosivos pluviométricos, e por terrenos sedimentares que formam as chapadas e os chapadões - planaltos.
Clima
O principal clima do Cerrado é o tropical continental (semi-úmido); apresenta estações do ano bem definidas, uma bastante chuvosa (verão) e outra seca (inverno), isso caracteriza a sazonalidade climática; as médias térmicas são elevadas, oscilando entre 20 °C a 28 °C e os índices pluviométricos variam em torno de 1 500 mm anuais.
Hidrografia
É uma região com baixa densidade hidrográfica (de rios), sendo este domínio caracterizado com divisor de águas das bacias do São Francisco, Platina, Leste e Amazônica.
Os rios são perenes, mas passam por 2 momentos anuais: vazante (inverno seco) e cheias (verão chuvoso).
Solos
No Domínio do Cerrado predominam os solos pobres e bastante ácidos (pH abaixo de 6,5). São solos altamente intemperizados e lixiviados, que, para serem utilizados na agricultura, necessitam de muitos corretivos tais como: método da calagem, que é a adição de calcário ao solo, buscando à correção do pH.
Vegetação
O Cerrado apresenta normalmente dois estratos de vegetação: arbóreo-arbustivo, com árvores de pequeno porte e herbáceo, de gramíneas e vegetação rasteira.
Os arbustos possuem os troncos e galhos retorcidos, caule grosso, casca espessa e dura e raízes profundas. O espaçamento entre arbustos e árvores é grande, favorecendo a prática da pecuária extensiva.
Ao longo do curso dos rios, áreas com maior umidade do solo, surgem pequenas e alongadas florestas, denominadas Matas Galerias ou Ciliares.

Ø  O DOMÍNIO DAS CAATINGAS
Vegetação Xerófita – Caatinga Nordestina
plantas-da-caatinga-xique-xique.html

Este domínio é marcado pelo clima tropical semi-árido, vegetação de caducifólia (perca de folhas), relevo erodido, destacando-se o maciço nordestino e a hidrografia intermitente (seca em momentos de falta de chuva). Localizada na sua maior parte na região do Nordeste brasileiro.
Relevo
No domínio Morfoclimático das Caatingas predominam as depressões interplanálticas, principalmente a Sertaneja e a do São Francisco.
A leste atinge o planalto de Borborema (PE) e a Chapada Diamantina (sul da Bahia). O interior do planalto Nordestino é uma área em processo de pediplanação (planas), isto é, a influência das chuvas é pequena (clima semi-árido) nos processos erosivos, predominando o intemperismo físico (variação de temperatura) e ação dos ventos (erosão eólica), que vão aplainando continuamente o relevo (fragmentação de rochas).
Clima
O domínio da caatinga possui clima tropical semi-árido, caracterizado pelas temperaturas elevadas, chuvas escassas e irregulares. O período chuvoso no Nordeste “seco” é denominado pelo sertanejo de “inverno”, ou seja, a maioria da pluviosidade, que tem entre 600 a 750 mm anuais, se concentra nos meses de “inverno”.
Hidrografia
A mais importante bacia hidrográfica do Domínio da Caatinga é a do São Francisco. Apesar de percorrer áreas de clima semi-árido, é um rio perene, pois tem sua nascente em áreas de clima tropical úmido, embora na época das secas possua um nível baixíssimo de águas devido aos afluentes do nordeste diminuírem seu nível de água e até mesmo secaram em um determinado período do ano.
Rio de planalto, apresenta, sobretudo em seu médio e baixo curso, várias quedas, favorecendo a produção de energia elétrica (usinas de Paulo Afonso, Sobradinho,etc.).
Além do São Francisco, existem vários outros rios que drenam a Caatinga: os rios intermitentes (ou temporários) da bacia do Nordeste como o Jaguaribe, Acaraú, Apodi, Piranhas, Capibaribe, etc.
Solos
Os solos do Domínio da Caatinga são, geralmente, pouco profundos devido às escassas chuvas (baixo intemperismo químico) e ao predomínio do intemperismo físico. Apesar disso, apresenta boa quantidade de minerais básicos, fator favorável à prática da agricultura. A limitação da atividade agrícola é representada pelo regime incerto e irregular das chuvas, ou seja, a falta de água. Problema que poderia ser solucionado com a prática de técnicas adequadas de irrigação.
Vegetação
A paisagem arbustiva típica do Sertão Nordestino, que dá o nome a esse domínio é a caatinga. Possui grande heterogeneidade quanto ao seu aspecto e à sua composição vegetal.
Em algumas áreas, forma-se uma mata rala ou aberta, com muitos arbustos e pequenas árvores. Em outras áreas, o solo apresenta-se quase descoberto, proliferando os vegetais xerófilos, como as cactáceas e as bromeliáceas. É uma vegetação caducifólia (na época das secas as plantas perdem suas folhas, evitando a evapotranspiração).
Os brejos são as mais importantes áreas agrícolas do Sertão. São áreas de maior umidade, localizadas em encostas de serras ou vales fluviais.
Ø  DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS FLORESTADOS
Morros em "meia-laranja" (Foto: Wikimedia Commons)
Relevo
O aspecto característico do Domínio dos Mares de Morros encontra-se no relevo e nos processos erosivos.
O planalto Atlântico é a unidade do relevo que mais se destaca. Nesse planalto estão situadas as terras altas do Sudeste, constituindo um conjunto de saliências ou elevações, abrangendo áreas que vão do Espírito Santo a Santa Catarina, entrando nos estados de São Paulo e Minas Gerais para o interior do território brasileiro.
O relevo é constituído, além dos planaltos dissecados (os mares de morros), por várias serras regionais como a do Mar, Mantiqueira, Geral, Espinhaço, Caparaó (Pico da Bandeira = 2 892 m).
A erosão, provocada pelo clima tropical úmido, associada a um intemperismo químico significativo sobre os terrenos cristalinos (granito/gnaisse), é um dos fatores responsáveis pela conformação do relevo, com a presença de morros com vertentes arredondadas (morros em Meia Laranja, Pães-de-Açúcar).
Clima
Por ser encontrar localizado desde a região Nordeste até o Sul do Brasil, os Mares de Morros apresenta uma enorme diversidade dos seus elementos naturais, principalmente o clima.
O Domínio dos Mares de Morros apresenta o predomínio do clima tropical úmido. Na Zona da Mata Nordestina, as chuvas concentram-se no outono e inverno. Na região Sudeste, devido a maiores altitudes, o clima é o tropical de altitude, com médias térmicas anuais entre 14 °C e 22 °C, bastante influenciadas pelo fator altitude. As chuvas ocorrem no verão, que é muito quente. No inverno, as médias térmicas são mais baixas, por influência da altitude e da massa de ar Polar Atlântica (mPa). Tendo um verão quente e chuvoso e um inverno seco e quente, a amplitude térmica e pluviométrica é elevada nas estações do ano.
No litoral norte de São Paulo a pluviosidade é elevadíssima, consequência da presença da serra do Mar, que barra a umidade vinda do Atlântico (chuvas orográficas ou de relevo – fator relevo). Em Itapanhaú, litoral de São Paulo, foi registrado o maior total anual de chuvas (4 514 mm) já registrado no Brasil.
Hidrografia
As serras do Sudeste dividem o domínio em várias bacias hidrográfica de médio e grande portes: bacia do São Francisco, bacia do Paraná, bacias Secundárias do Leste (Paraíba do Sul, Doce) e bacias do Sul.
A maior parte dos rios são planálticos, ou seja, encachoeirados, com grande número de quedas d’água, corredeiras e com elevado poder de erosão. O potencial hidráulico é também elevado. Esses rios apresentam cheias de verão e vazante de inverno (regime pluvial tropical).
Solos
Na Zona da Mata Nordestina têm-se um solo de grande fertilidade que se originou da decomposição do granito, gnaisse e, às vezes, do calcário. Esse solo é popularmente conhecido como massapé.
No Sudeste, os principais são solos argilosos de razoável fertilidade, formado, principalmente, pela decomposição do granito e gnaisse em climas úmidos.
É o domínio morfoclimático mais sujeito aos processos erosivos, devido ao relevo acidentado e da ação de clima tropical úmido (bastante chuvoso). O intemperismo químico atinge profundamente as rochas dessa área, formando solos profundos, como o Latossolo de Viçosa, intensamente trabalhados pela ação das chuvas e enxurradas.
Vegetação
A principal paisagem vegetal desse domínio originalmente era representada pela mata Atlântica ou floresta latifoliada tropical. Essa formação florestal ocupava áreas de desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, cobrindo as escarpas voltadas para o mar e os planaltos interiores.
Com o processo de ocupação dessas terras brasileiras desde o início do colonialismo, essa floresta sofreu grandes devastações. No início, foi à extração do Pau-Brasil; posteriormente, a agricultura da cana-de-açúcar (Nordeste) e a do Café (Sudeste). Nesta área dos Mares de Morros Florestados é também o domínio Morfoclimático com maior densidade populacional.
Ø DOMÍNIO AS ARAUCÁRIAS
Floresta Ombrófila Mista – Domínio das Araucárias
dominios-morfoclimaticos-e-fitogeograficos-do-brasil/

Relevo
O Domínio das Araucárias ocupa áreas pertencentes ao Planalto Meridional (Sul) do Brasil; as altitudes variam entre 800 e 1 300 metros.
Além do planalto arenito basáltico, surge a Depressão Periférica e suas cuestas. São relevos salientes, formados pela erosão diferencial, ou seja, ação erosiva sobre rochas de diferentes resistências – sendo erodidas as que são menos resistentes a erosão. Essas frentes de cuestas são chamadas serras: Geral, Botucatu, entre outras.
Clima
O domínio das araucárias apresenta como clima na maioria da sua região o subtropical. Ao contrário dos demais climas brasileiros, pode ser classificado como mesotérmico (temperaturas médias).
As chuvas ocorrem durante o ano todo. No verão elas são de ocorrência devido a massa de ar Tropical Atlântica (mPa). No inverno, é frequente a penetração da massa Polar Atlântica (mPa), ocasionando chuvas frontais,  precipitações causadas pelo encontro da massa quente (mTa) com a fria (mPa). Os índices pluviométricos são elevados, variando de 1 250 a 2 000 mm anuais.
Hidrografia
O Domínio das Araucárias é drenado, principalmente, por rios pertencentes às bacias do Paraná e do Uruguai.
Embora o Paraná apresente um regime tropical, com cheias de verão, a maior parte dos rios desse domínio possui regime subtropical, com duas cheias e duas vazantes anuais, apresentando pequena variação em sua vazão, consequência do regime de chuvas que é distribuído durante o ano todo.
Solos
Aparecem, nesse domínio, solos de grande fertilidade natural, como a terra roxa a oeste do Paraná, solo de origem vulcânica, de cor vermelha, formado pela decomposição do basalto.
Em vários trechos do Rio Grande do Sul, ocorrem vastas áreas de solo fértil, denominado brunizem (elevado teor de matéria orgânica). Em contradição, são encontrados ainda, nesse domínio, solos ácidos, pobres em minerais e de baixa fertilidade natural.
Vegetação
O Domínio das Araucárias apresenta o predomínio da floresta aciculifoliada (folhas pontiagudas) subtropical ou floresta das Araucárias (Araucária angustifólia). Originalmente, localizava-se das terras altas de São Paulo até o Rio Grande do Sul, sendo o único exemplo brasileiro de conífera. Também denominada mata dos Pinhais, apresenta as seguintes características gerais; é uma formação vegetal menos densa; foi intensamente devastada, restando atualmente e torno de 3% da área natural.
Ø DOMÍNIO DAS PRADARIAS
Campanha Gaúcha, Pampas Sulinos ou Pradarias
Fonte: http://outrofocooutravisao.blogspot.com/2010/05/indo-serra-gaucha-mude-seu-destino-mude.html
Relevo
Este domínio engloba três unidades do relevo brasileiro: planaltos e chapadas da bacia do Paraná (oeste), depressão periférica sul-rio-grandense (centro) e o planalto sul-rio-grandense (leste). Trata-se de uma área com altitudes médias entre 200 e 400 metros, onde se destacam conjuntos de colinas onduladas denominadas coxilhas, ou seja, pequenas elevações onduladas.
Clima
O clima é subtropical com temperatura média anual baixa, destacando-se como principal fator a latitude e a ocorrência de frentes frias (mPa).
Apresenta considerável amplitude térmica e, no verão, as áreas mais quentes é a Campanha Gaúcha, que registram máximas diárias acima de 38°. A precipitação é regular, chovendo basicamente o ano inteiro.
Hidrografia
Envolve partes das bacias hidrográficas do Uruguai e do Sul. Os rios desse domínio são perenes, mas de baixa densidade hidrográfica, com traçados meândricos (curvas).
Alguns correm para o Leste (bacia Secundária do Sul), desaguando nas lagoas litorâneas como Patos (maior do Brasil), Mangueira e Mirim. Os rios Jacuí (Guaíba) e Camaquã são exemplos. Outros correm em direção ao Oeste (bacia do Uruguai.
Solos
Apresentam boa fertilidade natural. Mas acontece nessa região um desequilíbrio ambiental caracterizado como arenização.
A utilização do conceito de desertificação é considerado inadequado para a região, porque ela não apresenta um clima árido ou semi-árido, como também não existem evidências de que o processo estaria alterando o clima regional.
Vegetação
A vegetação típica da paisagem das pradarias é constituída pelos Pampas ou Campos Limpos, onde predominam gramíneas de tamanho que varia de 10 a 50 cm aproximadamente.

Ø AS FAIXAS DE TRANSIÇÃO
O contato entre os limites dos domínios morfoclimáticos se apresentam com uma grande complexidade dos elementos naturais, principalmente a vegetação, onde não apresentam características bem definidas, pois combinam as características de dois ou três domínios vizinhos.
Entre os domínios morfoclimáticos, as principais faixas de transição são: Mata de Cocais, Pantanal-Mato-Grossense e Agreste (Nordestino).
Fonte: http://interna.coceducacao.com.br/

A Mata de Cocais, também denominada de Mata de Babaçuais – devido à presença de uma espécie típica de palmeira, o babaçu que se encontra principalmente nas áreas de vales fluviais (vales de rios), outra espécie típica é a carnaúba -, é uma área de transição entre três domínios: Amazônico (a Oeste), Caatinga (a Leste) e Cerrado (a Sul).
Mata de Cocais no Meio-Norte Nordestino
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O Pantanal Mato-Grossense, uma área de planície da depressão da bacia do Paraguai, onde a maior parte é alagável durante o período de cheia dos rios. Por ser uma área de planície, a estrutura geológica é compreendida principalmente por rochas sedimentares. A sua área está de encontro entre os domínios Amazônico e do Cerrado de vegetação características dos países vizinhos (Bolívia e Paraguai), ao qual possui uma diversidade exuberante de espécies.
Pantanal Mato-Grossense
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O Agreste é uma paisagem de transição entre a Mata Atlântica (ou Zona da Mata Nordestina) e a Caatinga (ou Sertão). Essa área apresenta um clima mediano entre as duas vizinhas, nem tão úmido quanto a Zona da Mata e nem tão seco quanto o Sertão. A vegetação assemelha-se à mata Atlântica em algumas áreas mais úmidas e em outros, à Caatinga, áreas mais seca.
Esquema de memorização dos Domínios Morfoclimáticos e suas características.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Fitogeografia do Brasil

FORMAÇÕES VEGETAIS BRASILEIRAS
Exerce grande influência sobre a formação e distribuição das associações vegetais o clima (temperatura e pluviosidade), além da influencia na distribuição por parte do solo (fertilidade, porosidade, permeabilidade, da altitude, a existência, os tipos de animais e a ação do homem).

A classificação fitogeográfica (Estudo da distribuição geográfica das plantas) se baseia nas seguintes formações vegetais:
A) Formações florestais ou arbóreas
·  Floresta latifoliada equatorial ou floresta Amazônica.
·  Floresta latifoliada tropical ou mata tropical.
·  Floresta latifoliada tropical úmida ou mata Atlântica.
·  Floresta aciculifoliada.
·  Babaçuais.
·  Ciliares.
B)  Formações arbustivas e herbáceas
·  Caatinga
·  Cerrado
·  Campos.
C) Formações complexas e litorâneas
·  Complexo do Pantanal.
·  Vegetação litorânea.

CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO
Quanto à Temperatura:
 - Megatérmica:          maior que 20°C (Regiões Tropicais);
- Mesotérmicas: De 12°C a 15°C (Regiões Temperadas);
- Microtérmica: < 12°C (Regiões de elevadas latitudes e altitude).
Quanto à Umidade:
- Hidrófilas: vivem em ambiente aquático.
- Higrófilas: adaptadas a grande umidade.
- Mesófilas: vivem em locais de média umidade, suportando  algum período de seca.
- Xerófilas: suportam grandes períodos sem água.
- Tropófilas: adaptada a pluviosidade concentrada a uma ou mais certas épocas do ano.
- Halófilas: vivem em meio salino.
Quanto à Estratificação:
- Arbóreo: portes de vegetais maiores (arvores de vários tamanhos);
- Arbustivo: vegetais de médio porte, com troncos lenhosos ou de pouca espessura;
- Herbáceo: porte rasteiro, gramíneas.
Quanto à Folhagem:
- Latifoliada: largas e abertas;
- Aciculifoliada: em forma de “agulha”;
- Perenifólia: reposição de folhas e qualquer estação climática;
- Caducifólia (Decídua): perde as folhas em determinadas estações secas ou frias.

Outros critérios:
Quanto à Luminosidade (Fotossíntese):
- Heliófitas: necessitam de grande exposição à luz;
- Ombrófitas: adaptação a condições sombreadas.
Quanto às Raízes:
- Raízes tabulares ou superficiais: condição referente ao solo e a planta busca outros meios mais propícios.
- Raízes Fasciculadas ou de cabeleira: raízes finas que têm origem em um único ponto.
- Raízes Pivotantes ou Axiais: eixo central e poucas ramificações secundárias, propicia a solos de grande espessura.
- Raízes Aéreas ou Pneumatóforas: busca de oxigênio.

FORMAÇÕES FLORESTAIS OU ARBÓREAS
Ø FLORESTA AMAZÔNICA
Também denominada de floresta latifoliada equatorial, esta formação localiza-se na região norte do Brasil e faz fronteira ou estende-se por outros com 7 países da América do Sul: Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A área ocupada pela Amazônia nestes países compreende a Amazônia Internacional.

Recobre cerca de 45% do território brasileiro e se estende por 9 estados, são eles: do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Amapá. A área que a Amazônia ocupa estes estados é denominada de Amazônia Legal.
Tem uma cobertura vegetal complexa (estratificação), heterogênea (megadiversidade de espécies), exuberante, perene, densa e latifoliada.
A mata de igapó, mata de várzeas, mata de terra firme, são tipos básicos ou florestais.

A floresta está em processo de desmatamento, com enormes clareiras e poluída. Atualmente o desmatamento é estimado em 15% de sua área total. As principais causas são: agropecuária e madeireiras. Apesar da devastação a floresta Amazônica continua sendo a maior floresta equatorial do mundo.

Ø MATA ATLÂNTICA
Também denominada de floresta latifoliada tropical úmida, esta formação vegetal se estende por uma longa faixa desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, com formações exuberantes, tropicais, e formações subtropicais no Sul.

Ela predomina nas áreas de clima tropical quente e úmido, com verões brandos. Topograficamente ela aparece em serras elevadas. É uma formação vegetal AZONAL (não se limita a somente uma zona climática/global), pois se estende em áreas de clima tropical úmido e subtropical úmido.
Devido a esta extensão azonal, a diversidade de espécies é enorme, sendo considerada uma floresta de Megadiversidade, onde existem espécies adaptadas ao clima quente e úmido e ao clima ameno (subtropical) e úmido.
Esta vegetação chegou a ocupar 15% do território brasileiro, mas a Mata Atlântica vem sofrendo com desmatamento desde a descoberta do Brasil, onde era nessa formação vegetal que ocorria o Pau-Brasil. Posteriormente a devastação seguiu-se pela implantação da cana de açúcar e mais tarde pelo café. Ainda é a região fitogeográfica com maior densidade demográfica do país. Estes são os fatores históricos de desmatamento desta vegetação.
Atualmente a exploração madeireira, as derrubadas e as queimadas têm sido praticadas de forma incessante, acarretando o desaparecimento de espécies vegetais e animais raros e valiosos. As estimativas indicam que somente resta entre 7% a 4% da cobertura vegetal original, sendo à vegetação mais devastada do Brasil.

Ø MATA DE ARAUCÁRIA
Predominam em regiões de clima subtropical (Cfa e Cfb) e tropical de latitude, nos planaltos sulinos. Destaca-se a Araucária angustifólia, mais conhecida como pinheiro-do-paraná, mas aparecem ainda outras espécies, como a imbuia, o cedro e o ipê, caviúna, erva-mate etc. Esta formação vegetal também é conhecida por floresta aciculifoliada e mata de pinhais.

Os solos (de cor vermelho ou “terra roxa”), em que se desenvolve, em geral são de origem de derramamento vulcânico, ao qual são mais férteis que os das áreas tropicais.
A mata dos pinhais caracteriza-se por ser uma floresta:
·  de clima subtropical.
·  homogênea - poucas espécies.
·  aberta e de fácil penetração a radiação sola e chuva.
·  aciculifoliada - folhas em forma de agulha
A área de ocupação desta floresta se faz nos planaltos sulinos, estes passaram a ser ocupados com maior número de pessoas no final do século XIX e início do XX pelos imigrantes alemães, italianos e outros. A devastação se fez devido, principalmente, a duas causas: agropecuária e extração da madeira da araucária.

Ø MATA DOS COCAIS
Também conhecida pela denominação de Babuçuais, que é uma palmeira muito comum no Meio-norte, principalmente no Maranhão e Piauí. É considerada uma vegetação de transição, entre a floresta Equatorial Amazônica e a Caatinga do sertão nordestino. As duas principais espécies são: o babaçu e a carnaúba. Essas duas espécies são bastante procuradas, pois possuem um grande potencial de consumo.

Principais subprodutos e produtos do babaçu:
·  Óleo e leite.
·  Combustível.
·  Madeira para construção.
·  Fibras utilizadas em esteiras, cestos, chapéus, etc.
·  Etanol, metanol, coque.
Aproveitamento da carnaúba:
·  Da folha: cera, graxa, papel impermeável, discos, velas, etc.
·  Do caule: madeira para construção.
·  Da raiz: medicamentos.

A vegetação foi bastante prejudicada pela extração excessiva em decorrência dos seus produtos. Atualmente a vegetação corresponde a somente 10% da original (90% desmatada) Mas atualmente a população que vive da extração do babaçu e carnaúba passaram a mudar seu modo de extração, ao qual visam a conservação desse recurso natural.
Ø MATA DE GALERIA OU MATA CILIAR
As matas de galerias são pequenas florestas que se desenvolvem ao longo dos cursos fluviais, caracterizam-se por serem diferenciadas quanto à densidade vegetal. Não são consideradas grandes biomas do país, pois não apresentam uma localização definida e nem um padrão de espécies. Se apresentam com um papel importante de barreira natural de sedimentos erodidos dos solos acima do rio, a sua retirada vem sendo constatada como uma das principais influências de assoreamento da calha dos rios no Cerrado (mata de galeria), Caatinga, Mata Atlântica e outras ( mata ciliar).

FORMAÇÕES ARBUSTIVAS E HERBACEAS
Ø CAATINGA
É uma formação vegetal que se localiza no sertão nordestino, em áreas de baixa pluviosidade (em torno de 700 mm/a) ao qual costumam ter em torno de 3 a 4 meses que chove e o restante sem chuva. Possui solos rasos e férteis, o que não possibilita a evolução ou criação de espécies de grande porte, mas tem potencialidade de produção de uma diversidade de agricultura quando se tem acesso a água.

A caatinga é uma formação que cobre quase todo o Sertão Nordestino, por onde se estende em todos os estados do Nordeste e em partes da região Noroeste de Minas Gerais. Em áreas de várzeas de rios (perenes e intermitentes) ocorrem vegetação de maior porte e mais fechada. Com relação à vegetação, podemos destacar algumas características:
·  É uma vegetação do tipo xerófila.
·  Apresenta folhas pequenas.
·  Apresenta galhos tortuosos e raízes longas e numerosas.
·  É heterogênea, se apresentado sobre diferentes aspectos: moitas isoladas, matas fechadas, etc.
·  Três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo.
·  Solos de pequena profundidade e quase sempre pedregosos.
· É constituída de árvores e arbustos espinhentos ou que perdem as folhas na estação seca (caducifólia).
Essa vegetação ocupou 10% do território nacional. Atualmente tem um índice de 60 a 70% de devastação,  os principais causas das modificações/agressões são: queimadas para o preparo do solo para agricultura, substituições de vegetação nativa por pastagens e retirada de lenha.

Ø CERRADO
É a vegetação que predomina no planalto Central, principalmente na região Centro-Oeste. Tem muita familiaridade com as savanas africanas, e apresenta um clima sazonal, que se apresenta em torno de 6 meses de seca e 6 meses chuvosos.

A vegetação de cerrados é composta principalmente por dois estratos, o arbóreo-arbustivo de caráter lenhoso, e o herbáceo-subarbustivo.
O arbusto do cerrado tem características que não se repetem em nenhum outro lugar do mundo. Os troncos e galhos retorcidos são formados de material lenhoso, as cascas são grossas e as raízes profundas. O cerrado engana o observador: parece ser uma adaptação ao regime de chuvas, mas é na verdade uma adaptação à pobreza dos solos. Algumas espécies da vegetação nativa têm no fogo, que ocorre naturalmente, um excelente propiciador de renovação da vegetação, onde as sementes são “despertadas” pela alta temperatura ocasionada pelo fogo. Algumas sementes somente germinam após as queimadas.

O cerrado tem-se revelado de excelentes perspectivas agrícolas e pecuárias em trechos de solos (latossolos) menos compactos. É devido a esta excelente adaptação da agricultura e pecuária que o cerrado vem sendo devastado, chegando os índices de desmatamento já estarem entre 70 a 80% do original.

Ø CAMPOS SULINOS
Compostos de vegetação rasteira, como gramíneas e pequenos arbustos. Denominam-se também como pradarias ou pampas. No Brasil são localizados no estado do Rio Grande do Sul, onde essa vegetação estende-se pelo Uruguai e Argentina, onde recebem os nomes de pampas uruguaios e pampas argentinos.
A formação é constituída predominantemente por gramíneas.

As colinas são recobertas por vegetação campestre. Nos topos mais planos, forma-se um tapete herbáceo ralo e pobre em espécies, ou seja, vegetação homogênea.
A pecuária extensiva é a principal atividade econômica da região. Devido ao pisoteio excessivo do gado. Registra-se uma sensível diminuição das espécies forrageiras nativas dos campos gaúchos.

FORMAÇÕES COMPLEXAS E LITORÂNEAS
Ø COMPLEXO DO PANTANAL

O pantanal é a porção de uma planície inundável, fazendo fronteira com o alto do ria Paraguai.
A elevação destas áreas é de poucos metros acima do nível médio das águas que banham o bioma. Existe uma sazonalidade climática, tropical semi-úmido, que proporciona 2 momentos no ano: inundações (verão chuvoso) e estiagem (inverno seco). Lá existem diversos tipos de associações vegetais, onde ocorre combinação de tipos de vegetação mesófila e xeromórfica convivendo lado a lado. Apresentam muitas espécies das outras formações de vegetação do Brasil.

VEGETAÇÃO LITORÂNEA
Ø FORMAÇÕES DOS LITORAIS ARENOSOS
 A principal formação vegetal que se estende pelo litoral brasileiro é a restinga, caracterizada por formações herbáceas e arbustivas.

A vegetação de praia e dunas é constituída principalmente pela salsa-da-praia, picão-da-praia e por gramíneas. Sendo então, a predominância de vegetação rasteira.
Um dos principais agentes de devastação são as construções de hotéis, resorts, áreas de lazer, vilas próximo ao mar.

Ø MANGUEZAIS
Ocupam porções mais restritas do litoral. A formação de mangues ocorrem somente em areas tropicais com temperatura da água acima de 23 ºC e próximos a foz de rios, sendo então uma vetação zonal.

A diversidade de esécies não é muito grande, mas a vegetação possui uma excelente adaptação ao ambiente de água salina, por isso são chamadas de halófilas (“amigas do sal”) e hidrófilas, com raízes aéreas, chamadas de peneumatóforas.
Com relação ao aproveitamento econômico, podemos dizer que não há valor econômico além do extrativismo de algumas espécies como os caranguejos.
Nos mangues ocorre grande concentração de caranguejos, bastante utilizados como alimento, é chamado e berçario marinho, pois grande quantidade de animais marinhos usam do local para desova (tubarões e outros animais).
Várias porções de magues já foram devastadas, os maiores impactos são causados pela ocupação urbana, aterramento e poluição por esgostos.


Atividade Extra
1)    (UFMG) Leia este trecho:
AS CAATINGAS
"Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua.
Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.
Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-se-lhe na frente léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante.
Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos - mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o tapete de gramíneas murchas - e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto, semelham uma só família de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no tamanho, tendo todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos, em esgalhos logo ao irromper do chão."
CUNHA, Euclides da. "Os sertões". São Paulo: Francisco Alves/Publifolha, 2000. p. 37-8.

A partir dessa leitura, é INCORRETO afirmar que, no trecho transcrito, o autor
a)    apresenta a caatinga como uma vegetação de reduzida biodiversidade, embora de significativa multiplicidade de formas adaptativas.
b)   caracteriza a vegetação da caatinga como repulsiva, agressiva, por causa dos espinhos, galhos retorcidos, folhas urticantes.
c)    deixa entrever o caráter decidual da vegetação quando fala de árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos.
d)   descreve a vegetação sertaneja no período das secas; daí, as expressões que remetem à agonia, morte, desolação.

2)   (CEFET-MG) "Como se não bastasse tanta má notícia para a Floresta Amazônica, a edição da revista 'Science' desta semana traz outro diagnóstico aterrador. Segundo os autores, a área danificada da floresta é entre 60% e 123% maior do que se pensava, dependendo do ano analisado. Isso significa que o ritmo da destruição, que já era assustador (...) pode ter dobrado."
(REVISTA "VEJA". São Paulo: v. 38, n. 43, 26 out. 2005)
Dentre os fatores responsáveis pela degradação da região Amazônica, destacam-se:
I.  a construção de usinas hidrelétricas;
II.  a construção de rodovias e ferrovias;
III.  o crescimento da rede hoteleira;
IV.  o cultivo da soja e do trigo;
V.  o crescimento demográfico.

São corretos apenas os itens
a) II e IV.                   
b) III e V.
c) I, II e V.
d) I, Iii e IV.

3)    (PUC-MG) O Brasil tem o título de país detentor da maior biodiversidade do planeta, graças, entre outras coisas, aos grandes biomas que apresentam diferenças significativas em seus arranjos ambientais. Sobre os biomas brasileiros, é INCORRETO afirmar:
a) Os biomas florestais brasileiros são os de maior abrangência espacial e são responsáveis pela maior parte da diversidade biótica nacional.
b) O bioma do cerrado assemelha-se, em fisionomia, a outros biomas savânicos dispersos pelos continentes africano, asiático e australiano.
c) Os campos rupestres constituem áreas de abrangência espacial reduzida, se comparados aos demais, mas apresentam um grande endemismo de espécies.
d) A caatinga nordestina constitui um bioma campestre em função da baixa pluviosidade local e possui menor diversidade biológica que os demais.

4) (FGV) A questão está relacionada à paisagem vegetal e às afirmações a seguir.
 
I.   A vegetação tem sido destruída há várias décadas, em virtude da especulação imobiliária em áreas valorizadas do litoral brasileiro.
II. Nesse ecossistema, existem importantes fornecedores de nutrientes que favorecem a reprodução de vida marinha e, consequentemente, a atividade pesqueira.
III.       A vegetação é típica de áreas de águas mais frias onde há forte abrasão marinha; ela toma o lugar antes ocupado por terraços e falésias.
Está correto somente o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

5)   (PUC-RJ) "As espécies desta formação vegetal apresentam raízes que funcionam como escoras. O emaranhado de raízes reduz a velocidade das correntes marinhas, criando um depósito de lama e argila, fundamental para a reprodução da vida marinha."
            Adaptado de PGC / Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
O texto está se referindo à seguinte formação vegetal:
a) Manguezal.
b) Cerrado.
c) Caatinga.
d) Restinga.
e) Pantanal.

6)   Em relação à vegetação no Brasil, não é correto afirmar:
a) a floresta Amazônica é uma mata heterogênea, com milhares de espécimes vegetais perenes, isto é, não perdem as folhas no outono/inverno;
b) a caatinga é típica do clima semi-árido do Sertão Nordestino, e constitui um tipo de vegetação com plantas xerófilas;
c) os cerrados são próprios do clima tropical típico ou semi-úmido, sendo uma vegetação arbustiva e herbácea;
d) a mata de Araucária corresponde às áreas de clima tropical com predominância de pinheiros;
e) a mata de igapó, na Amazônia, é encontrada ao longo dos rios e é permanentemente inundada pela cheias fluviais.

7)   (UFMG) Observe o mapa a seguir:
BRASIL: RETRAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA VEGETAÇÃO NATIVA.

Fonte: IBGE. (1992) ATLAS NACIONAL DO BRASIL. 2 Ed. (adaptado)
Com base na análise e interpretação do mapa, pode-se afirmar que todas as alternativas estão corretas, EXCETO
a) A caatinga, por sua natureza hostil ao homem, permaneceu com sua área quase intacta de 1950 até o final da década passada.
b) A floresta equatorial, em valores relativos, teve sua área de ocorrência pouco reduzida.
c) A Mata Atlântica está reduzida a algumas pequenas manchas nas vertentes das serras e do planalto oriental.
d) As áreas dos campos naturais da Campanha Gaúcha e de Roraima foram pouco reduzidas no processo de devastação.
e) O cerrado, entre os grandes ecossistemas, vem sendo o mais afetado pelo processo de substituição da vegetação nas últimas décadas.

8)   (IFMT) O Brasil é conhecido como um país tropical, mas sua extensão e localização geográfica permitem uma diversidade de paisagens climato botânicas. Identifique-as corretamente nas alternativas abaixo, de acordo com as características apresentadas:
a) As savanas ocorrem em clima subtropical, com chuvas constantes; são basicamente compostas de gramíneas e capim, com árvores e arbustos esparsos, de poucas folhas. No Brasil, essa formação vegetal é o cerrado.
b) Entre as florestas brasileiras, distribui-se ao norte do país a floresta amazônica, latifoliada tropical ou equatorial, pluvial, conhecida como “inferno verde”, com diversidade de espécies animais e vegetais.
c) No litoral brasileiro, ainda se encontram remanescentes de uma mata tropical, latifoliada úmida de encostas, que cobre extensa área do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, embora tenha sido palco de atividades econômicas importantes, desde o período Colonial.
d) No sul, em clima subtropical, com temperaturas mais amenas, surge a mata de araucária. Apresenta variedades, de acordo com a possibilidade de inundação: mata de igapó, de várzea e terra firme.
e) No nordeste brasileiro, a caatinga apresenta grande homogeneidade em relação às paisagens vegetais, com cactáceas, xerófilas e mata de cocais.

9)   (FGV) O bioma, que ocupa 22% do território brasileiro, já perdeu quase 1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 48% de sua cobertura total. Somente entre 2002 e 2008, foram desmatados 85 075 quilômetros quadrados, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.
Em todo o bioma, a expansão das lavouras de cana-de-açúcar e de soja, além da produção de carvão e das queimadas (naturais ou provocadas), são os principais fatores de desmatamento. A pecuária também tem contribuição significativa para a sua destruição, principalmente por causa do modelo de produção extensivo, que chega a destinar mais de um hectare para cada boi.
(http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/09/16/60444-)
O texto refere-se
a) à caatinga.
b) à mata atlântica.
c) ao cerrado.
d) ao pantanal.
e) aos campos.

10)  (ETECS) Considere o texto e a foto para responder à questão.
Os caranguejos são uma iguaria muito apreciada. Em nosso país, existem pessoas e comunidades que vivem da cata do caranguejo para vender a bares e restaurantes do litoral ou a atravessadores, que comercializam o produto nos grandes centros.
(http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2004/ju264pag06.htm Acesso em: 26.08.2011.)
(http://biotransitando.blogspot.com/2010/02/caranguejo-uca-ameacado-de-extincao.html. Acesso em: 29.10.2011.)

Sobre o caranguejo, é correto afirmar que esse crustáceo está inserido no ecossistema denominado
a) cerrado.
b) mangue.
c) pantanal.
d) caatinga.
e) savana.

11)  (UNICAMP) Com relação à fruticultura na região do Vale do São Francisco no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que
a) a região tem terras férteis e adequadas à fruticultura graças à inserção de projetos irrigáveis, o que compensa o clima seco e o alto índice de insolação durante a maior parte do ano.
b) a região tem clima úmido, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, característica favorável à fruticultura.
c) a região é importante produtora de frutas, mas não foi possível implantar a vitinicultura, apesar de várias tentativas, porque a cultura não se adapta ao clima.
d) os maiores produtores de frutas tropicais da região e do país encontram-se em polos agroindustriais dos municípios pernambucanos de Juazeiro e Petrolina.

12)  (UFSM)

LUCCI, E. A.; MENDONÇA, C; BRANCO, A. L. Geografia Geral e do Brasil - ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005. p.326.
Em relação ao perfil da vegetação mostrado na figura, é correto afirmar que caracteriza o bioma de  formação vegetal do tipo
a) floresta equatorial com o dossel superior formado por árvores de grande porte e, no nível médio, por espécies arbóreas de médio porte e epífitas.
b) tundra com cobertura vegetal de pequeno porte, constituída de musgos, liquens e gramíneas de ciclo vegetativo curto.
c) floresta boreal, caracterizada por uma vegetação de grande porte, relativamente homogênea, representada pela taiga.
d) vegetação mediterrânea bastante variada, com predominância de arbustos.
e) savana composta por dois extratos, o arbóreo-arbustivo de caráter lenhoso e o herbáceo-subarbustivo, formado pelas gramíneas e outras ervas.

13)              (UFAC) A área localizada entre a Floresta Amazônica, o Cerrado e a Caatinga, caracteriza-se como mata de transição entre formações bastante distintas. Atualmente vem sendo desmatada para o cultivo de grãos, com destaque para a soja.
O texto refere-se a:
a) Mata Atlântica
b) Mata de Araucárias ou Mata dos Pinhais
c) Campos Naturais
d) Caatinga
e) Mata dos Cocais

14)  (UFRPE) O desenho a seguir retrata um importante domínio morfoclimático brasileiro. Com relação a esse domínio, é correto dizer que ele:

a) surge dominantemente em climas subtropicais secos, particularmente no Nordeste brasileiro.
b) apresenta uma vegetação tipicamente hidrófila, especialmente no Sertão.
c) possui solos bem desenvolvidos, sobretudo nas encostas e inselbergues, mas com pobreza de recursos nutrientes.
d) tem formações vegetais consideradas xerófilas, adaptadas, portanto, ao déficit hídrico.
e) apresenta uma estação seca que se estende por até três meses, dificultando o desenvolvimento da vegetação herbácea.

15)  (UDESC) Sobre a vegetação brasileira, é incorreto afirmar:
a) A Mata dos Cocais é uma formação vegetal encravada entre a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga. É, portanto, uma mata de transição entre formações bastante distintas, constituída por palmeiras ou palmáceas.
b) Nas áreas mais altas do pantanal matogrossense há campos inundáveis, floresta tropical e mesmo cerrado. O Pantanal, portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações em seu interior.
c) Mata de galeria ou mata ciliar é a que acompanha os rios e lagos, ficando permanentemente alagada. Nela se reproduzem milhares de espécies de peixes, moluscos e crustáceos. Ela também é conhecida pelo nome de mangue.
d) Os campos naturais são formações rasteiras ou herbáceas, constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Sua origem pode estar associada a solos rasos ou a temperaturas baixas, em regiões de altitudes elevadas, a áreas sujeitas a inundação periódica ou ainda a solos arenosos.
e) O cerrado é muito parecido com a savana africana; é constituído por uma vegetação caducifólia, predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que retém mais água).

16)  (UNIFENAS) Leia com atenção os fragmentos de texto sobre os perfis florestais da Amazônia brasileira:
Texto I:
“Ocorrem em solo permanentemente alagado, em terrenos baixos próximos aos rios. Aparecem muitos arbustos e cipós. São incontáveis as epífitas. As árvores mais típicas são o taxi, o arapati e a mamorana.”
Texto II:
“Localizam-se sobre terrenos periodicamente alagados e sua composição florística varia de acordo com a duração do período em que ela é alagada. As árvores mais típicas são o cumaru-de-cheiro, a seringueira e o pau-mulato.”
Texto III:
“Ocupam terras mais altas numa área que abrange 90% da área total da bacia amazônica. As árvores são altas, carregadas de epífitas e cipós lenhosos. As florestas são compactas, perenifólias e higrófilas. Entre as espécies mais comuns aparecem o caucho, a castanha-do-pará    e o acapu.”
Fonte: Ross. Jurandyr L. Sanches (org). Geografia do Brasil.Edusp. p.163.1998

Os dados fornecidos nos fragmentos de texto I, II e III destacam, respectivamente, os perfis das florestas amazônicas identificados como matas
a) caducifólias, de planaltos e de várzeas.
b) ciliares, de terra firme e de igapó.
c) de igapó, de várzea e de terra firme.
d) de terraços, de terra firme e de várzea.
e) de inundação, de floração e de igapó.

17) (UFRRJ-Adaptada) A vegetação natural de uma área é a expressão das características do solo, relevo e clima. Leia as afirmativas I, II, III e IV, que descrevem os tipos de vegetação do Brasil.
I.  É uma floresta densa e intrincada, as plantas crescem muito próximas umas das outras e ocorrem em três grandes regiões que se unem por essa vegetação. Desenvolve-se em região de clima quente e úmido e subtropical.
II.  Ocoreem em diversas regiões do Brasil, pois não são favorescidades pelo clima, solo ou relevo regional, mas sim porque se encontram as margesn de cursos fluviais.
III. Constitui-se por cobertura arbórea, na qual predominam pinheiros, erva-mate, imbuia, canelas, ipê e outras. O clima predominante é o subtropical.
IV. É encontrada no meio-norte nordestino, ao qual possui especies de palmeiras que foram bastante devstadas e que possuem um alto valor para a indústria farmacêutica e cosmética.
A alternativa que contém todas as formações vegetais descritas é:
a) Mata Atlântica, Caaatinga, Cerrado e Mata de Araucária.
b) Pantanal, Cerrado, Mata Atântica e Floresta Amazônica.
c) Mata Atlântica, Mata de Galeria ou Ciliar, Mata de Araucária e Mata de Cocais.
d) Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
e) Mata de Araucária, Pantanal, Mata Ciliar e Mangue.

18) (PUC-SP) O texto abaixo refere-se à qual formação vegetal?
“De origem bastante discutida, essa formação é característica das áreas onde o clima apresenta duas estações bem marcadas: uma seca e outra chuvosa, como no Planalto Central. Ela apresenta 2 estratos nítidos: uma arbóreo-arbustivo, onde as espécies tortuosas têm os caules geralmente revestidos de casca espessa, e outro herbáceo, geralmente dispostos em tufos”.
a) Floresta tropical
b) Caatinga
c) Formação do Pantanal
d) Mata semiúmida
e) Cerrado

19) (UFSC 2010 -Modificada) Sobre as formações fitogeográficas ou Biomas existentes no Brasil, assinale a(s) proposição (ões) correta(s).
A) O Cerrado é uma formação fitogeográfica caracterizada por uma floresta tropical que cobre cerca de 40% do território brasileiro, ocorrendo na Região Norte.
B) A Caatinga é caracterizada por ser uma floresta úmida da região litorânea do Brasil, hoje muito devastada.
C) O Mangue ocorre desde o Amapá até Santa Catarina e desenvolve-se em estuários, sendo utilizados por vários animais marinhos para reprodução.
D) O Pampa ocorre na Região Centro-Oeste onde o clima é quente e seco. A flora e a fauna dessa região são extremamente diversificadas.
E) O Pantanal ocorre nos estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, caracterizando-se como uma região plana que é alagada nos meses de cheias dos rios.
As respostas corretas são:
a)    A, B e D.
b)   A, B, C e E.
c)    B, C, D, e E.
d)   C, D, e E.
e)    B, C, D e E.

20) (PUCMG) Um sério conflito se estabeleceu no Congresso Nacional entre os ambientalistas e os representantes da “bancada ruralista” em torno das alterações no Código Florestal brasileiro, uma legislação datada de 1965. Mesmo reconhecendo que a legislação precisa ser atualizada, algumas medidas propostas são extremamente polêmicas, em especial a redução de 30 para 15 metros da faixa de matas ciliares nas margens dos cursos d’água com até 5 metros de largura. A redução das matas ciliares terá como efeitos, EXCETO:
a) o assoreamento mais rápido dos cursos d’água e dos mananciais.
b) a perda de estabilidade de morros e encostas nas margens dos rios.
c) a perda da biodiversidade vegetal e animal nessas áreas.
d) a melhoria da fertilização das várzeas nos períodos de cheias dos rios.





GABARITO
Atividade Extra

1. A     2. C     3. D     4. C     5. A     6. D     7. A     8. B     9. C     10. B     11. A     12. A     13. E     14. D     15. C    16. C    17. C    18. E    19. A   20. D